27 de abr. de 2010

TEOLOGIA - As sete dispensações

Existe alguma dúvida e diversas classificações sobre as dispensações e resolvi postar uma divisão clássica na visão de Watchman Nee, grande escritor cristão:

Inocência: Adão no Paraíso

Da criação à sua queda (Gn 1:28, 3:24)

Julgamento: Expulso do Édem.

Consciência: Caim e Abel

Da expulsão do Édem ao Dilúvio (Gn 3:23, 6:7).

Julgamento: Dilúvio.

Governo Humano: Noé

Do Dilúvio a Abraão (Gn 8:21 a 11:9).

Julgamento: Torre de Babel.

Promessa: Abraão

De Abraão ao Cativeiro no Egito (Gn 11:31 a Ex 19:8).

Julgamento: Cativeiro no Egito.

Lei: Moisés

Do Sinai ao Calvário (Ex 19:8 a Mt 27:35).

Julgamento: Destruição do Templo no ano 70 DC.

Graça: Jesus

Do Calvário ao Arrebatamento (Jo 1:17; Ap 11:15; 12:5, 6).

Julgamento: A Grande Tribulação

Justiça: Cristo e os Vencedores

Do Arrebatamento ao fim do Milênio (Ap 11:15; 19:20, 20:3; I Ts 4:13-17)

Julgamento: Fogo do Céu. (Ap 20:9)

Qual é o propósito das Sete Dispensações?

A fim de entendermos a Bíblia claramente, devemos estudá-la de acordo com a sua verdade dispensacional. Deus tem uma maneira especial de tratar as pessoas numa determinada época ou dispensação. Se lermos a Bíblia sem considerar a dispensação, descobriremos muitas contradições difíceis de serem explicadas. Reconhecemos que existe uma progressão da verdade nos livros da Bíblia. O que foi considerado claro no inicio do Antigo Testamento vem a ser imperfeito sob a clara luz manifestada no tempo do Novo Testamento. A razão disso não são os diferentes conceitos do homem a respeito de Deus, mas por causa dos vários graus da revelação de Deus aos homens. Visto que Deus trata com o homem de acordo com a dispensação, Ele Se revela a ele gradativamente, de acordo com Sua exigência para com ele naquela dispensação em particular. Muitos aceitam apenas duas divisões na Bíblia: o Antigo e o Novo Testamento. Leitores cuidadosos entretanto, encontram na Bíblia uma síntese das Sete Dispensações. Tal divisão não é arbitrária; pelo contrário, é muito natural para os que leem a Escritura com cuidado e estudo. Se ignorarmos estas distinções, vamos esperar que as pessoas de uma dispensação guardem a lei da dispensação de outra. Isto só trará muita confusão e um entendimento errado da Palavra de Deus. O propósito principal dessas Sete Dispensações é mostrar ao homem como ele deve depender da graça de Deus para ser salvo. A promessa de Deus a Abraão foi dada visando salvar o homem por meio da graça, mas o homem não confessou seus pecados nem reconheceu sua fraqueza. Assim, para mostrar a incapacidade em fazer o bem, Deus acrescentou a Lei depois da Promessa dada a Abraão. Desse modo, Deus leva o homem a se conhecer antes que confesse sua total inutilidade e depravação. Quase 1500 anos foram gastos para se mostrar ao mundo que "não há quem faça o bem nem um só" (Rm 3:12).

Autor: Watchman Nee

19 de abr. de 2010

APRENDENDO COM JAIRO A OBTER E MANTER UM GENUÍNO AVIVAMENTO


Comecei hoje (19.04) a ministrar o curso com o tema em destaque. Na primeira aula abordei conceitos de avivamento e sua necessidade. Amanhã (20.04) analisaremos o avivamento ao longo da história. No feriado de quarta-feira (21.04), como obter um genuíno avivamento e na última aula (22.04) encerrarei mostrando alguns segredos de como mantê-lo.

Responderemos algumas dúvidas: Avivamento ou despertamento. Ser cheio do Espírito Santo é a mesma coisa de ser batizado no Espírito Santo?

“Todos os ministros devem ser ministros de avivamento, e toda pregação deve ser pregação de avivamento” - Charles G. Finney.



17 de abr. de 2010

Por que Jeremias profetizou na porta do templo?

O profeta Jeremias, no capítulo 7 do seu livro, é ordenado pelo próprio Deus a se colocar na porta do templo de adoração em Jerusalém e proferir Suas palavras de correção e juízo. Por que Deus pediu para Jeremias anunciar ousadamente Sua palavra na porta do templo?

Na época da declaração, Judá passava por uma deplorável situação política e religiosa, corrupção, opressão contra os mais fracos (estrangeiros, viúvas e crianças), homicídio de inocentes e idolatraria (Jr 7.5,7).

A situação era tão grave que não havia tempo para que Jeremias pregasse um sermão profético no altar para os religiosos e repetir as mesmas palavras na porta do templo para o povo.

Se naquela época o tempo era escasso, imaginemos hoje. Não há tempo para os pregadores que brincam com o povo massageando seu ego afirmando o que o auditório quer ouvir. Em uma confraternização de jovens o Pr. José Orisvaldo Nunes afirmou que está difícil ouvir uma mensagem de Deus, pois só estão pregando “massagens”, fazendo uma clara alusão as mensagens de auto-ajuda.

Logo, os dois primeiros motivos de o profeta ter pregado na porta do templo é porque Deus tinha pressa que seu povo se arrependesse e para que todos ouvissem a Sua mensagem.

Preguemos ininterruptamente a palavra do Senhor, segundo a Sua soberana vontade e não extingamos dos nossos altares mensagens bíblicas de ensino, repreensão e correção, pois todos necessitam ser instruídos em justiça e aperfeiçoados (2 Tm 4.16-17).

No livro do profeta Jeremias, lemos sobre muitos falsos profetas que falavam o que os líderes e o povo queriam ouvir, ser profeta de conveniência é fácil. Na época do profeta Jeremias havia a granel, não é difícil notar que esses fizeram escola e que seus seguidores têm se proliferado como ervas daninhas no meio do trigal. Todavia, Deus já nos advertiu sobre esses:

“Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam; ensinam-vos vaidades e falam da visão do seu coração, não da boca do SENHOR” (Jr 23.16)

É fácil encontrar quem afirme aos reis: “Deus está contigo”, sem Deus ter dito, afinal corriam o risco de, no mínimo, perder o “emprego” e o status. Difícil é encontrar quem profetize: “convertei-vos dos maus caminhos” a quem Deus ordenar (Jr 7.3,5; 2 Cr 7.14).

O pastor Claudionor de Andrade afirmou que a síndrome do politicamente correto tem atingido a muitos pregadores. De fato a autenticidade está sendo substituída pela polidez, estão preferindo ser politicamente corretos a autênticos profetas.

Temos que falar a palavra de Deus com ousadia, que é ser intrépido sem ser afoito, ser afoito é falar mensagem de correção sem Deus ter mandado, ainda que a intenção seja nobilíssima, que é a edificação da casa de Deus. Jeremias falava apenas o que o Senhor lhe ordenara (Jr 7.1-3).

Não é fácil encontrar quem entregue uma mensagem de Deus independente das circunstâncias e consequências, tem que ser alguém que tenha coragem e integridade. Não pode haver falhas no seu caráter, muito menos na sua reputação. Perde a força de corrigir quem comete as mesmas condutas errôneas, será esse o motivo de as mensagens de correção terem sumido da maioria dos púlpitos?

Ademais, mesmo vivendo nesse caos, havia a teologia do templo que, segundo o pastor Claudionor de Andrade, os religiosos acreditavam que “o Senhor jamais permitiria que Jerusalém fosse destruída, porque nela encontrava-se o Santo Templo. Como, pois, consentiria Ele na profanação da Cidade Santa? Afinal, o Templo custodiava-lhe a arca e perenizava-lhe o nome. Por isso, pressupunham-se, arrogantemente, seguros”.

A preservação do povo de Deus não está condicionada a objetos, símbolos ou frases mágicas. Se não fosse assim, o antigo santuário de Siló não teria sido destruído em 1050 a.C. pelos filisteus e a arca da aliança exposta como troféu no templo de deuses pagãos (1 Sm 4). A vitória do povo de Deus está condicionada a obediência a Sua voz, pois só assim teremos certeza que a aliança ainda está de pé.

Logo, o profeta pregou na porta do templo para desmitificar teologias falidas, para ensinar-nos que a eficaz proteção de Deus está subordinada à obediência do seu povo e para mostrar que Deus apenas usa aquele que tem um caráter ilibado, aquele que está na brecha, tapando as fissuras. Esses são mais três motivos.

Precisamos de mais atalaias, que não temam perder o status, mas o caráter; que não retenham o recado de Deus, mas a anuncie ousadamente; que não sejam cheios de polidez, mas de ousadia para anunciar a palavra de Deus, mesmo que corramos o risco de perder a própria vida.

Afinal de contas, “se nos deixarem viver, viveremos, e, se nos matarem, tão-somente morreremos” (2 Rs 7.4d).

Felipe J. L. Campos

6 de abr. de 2010

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