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3 de jun. de 2016

O Deus da Bíblia: Vivo, Atuante e Poderoso

É com imenso prazer que aceitamos o desafio de prefaciar O Deus da Bíblia: vivo, atuante e poderoso, porquanto entendemos que não há limites para escrever livros (Ec 12.12). Vivemos na era da informação digital com uma disseminação assombrosa de dados na rede mundial de informações hipertexto, mas, indiscutivelmente, que um bom livro jamais perderá o seu lugar em nosso criado-mudo tal como em bibliotecas públicas ou particulares. Recentemente ficamos embasbacados ao sabermos que todo o volume de informação mundial produzida no século XVI (época da profusão das reformas protestantes) não foi maior do que é produzido em um jornal New York Times de domingo. Isso nos leva a pensar: o que levaria uma pessoa a adquirir um livro nos dias atuais? E a resposta não nos demora a chegar, numa simples paráfrase a famosa frase do avivalista inglês John Wesley: ponha fogo no seu livro ou ponha seu livro do fogo. Ao lermos o livro em testilha percebemos que ele incendiou nossa alma ao trazer a lume não um deus gélido, distante e indiferente a sua criação, fruto de teólogos com características afins, mas nos apresenta um Deus Vivo, Atuante e Poderoso, que se interessa por sua criação. Além do mais, também traz elementos de teologia sistemática repisando os ideais dos melhores escritores ortodoxos. Eis os dois grandes desafios de um escritor cristão hodierno: primeiro, trazer algo novo sem fugir da nossa bitola, que é a Bíblia Sagrada. Já o segundo, é apresentar informações profundas na essência e simples na forma para que produza mudança na vida do leitor. Trocando em miúdos, escritores eruditos produzem livros eruditos e complexos (complex, no grego, significa várias dobras); escritores rasos produzem livros simples (simplex, no grego, significa poucas dobras); todavia, escritores sábios produzem livros eruditos com simplicidade, ou seja, organizam as várias dobras em poucas dobras ao ponto de trazer algo novo para um erudito da forma que uma criança entenda. 

Depois da obra, o autor. Talvez você estranhe o porquê de não escrevermos: antes da obra, o autor. Porque entendemos que há muitos livros rasos que pegam carona na reputação de grandes oradores (que não são grandes escritores). Mas a recomendação bíblica é de que cada um fique na vocação na qual foi chamado (1 Co 7.20). Ademais, têm obras que sobrepõem ao seu autor de forma que nos lembramos da obra, mas não do autor. Semelhantemente, os mais belos hinos e poesias foram escritos por anônimos ou pessoas não renomadas. Como não nos lembrar dos hinos Em fervente oração (n° 577) ou O bom pastor buscou-me (n° 156) na Harpa Cristã? Levando-nos a entender que aquelas pessoas que não se preocupam com a evidência do seu nome na capa de uma produção intelectual ou artística, abrem sua alma de uma forma livre e desimpedida, sem se preocupar com a palavra de desânimo dos críticos, já que a obra não tem dono, nem rosto. É só lermos a Epístola aos Hebreus e vislumbrarmos a beleza do escrito e a forma com que o escritor entra sem receios em assuntos relacionados à morte, anjos, casamento, fé e outros temas não enfrentados em nenhum outro livro com tanta fluidez. Muito diferente dos seminaristas atuais que esperam publicar as suas monografias quando forem “ordenados” ao pastoreado, esperando “dar um peso a publicação” (sic). 

Conhecemos o amigo irmão Charles Quirino há doze anos quando lecionávamos no Colégio Miguel Felizardo Souza no município de Campo Alegre. Mas em 2006, por outras oportunidades profissionais perdemos o contato e só voltamos a nos encontrar quando fomos convidados para pregar da Assembleia de Deus (AD) na Barra de São Miguel onde tivemos o prazer de revê-lo e, melhor ainda, fazendo a obra do Mestre, pregando e escrevendo livros. Sabemos que o autor do livro gosta de pregar oralmente (isso é inevitável na AD), todavia, do que ele gosta mesmo é de escrever, inclusive, O Deus da Bíblia: vivo, atuante e poderoso já é o seu terceiro livro. Logo, como já se imputou ao seu ministério, ele é o pregador dos versos, das palavras, dos escritos e dos livros.

Maceió, outono de 2016
Felipe José Lins Campos

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