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6 de jul. de 2016

As Diretrizes Políticas da AD em Alagoas


A Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado de Alagoas (IEADAL) aprovou, em sessão extraordinária nessa terça-feira (05.07), a Resolução n° 004/2016 que traça as diretrizes políticas para todas as IEADAL

Acompanhei de perto todo o processo de aprovação, primeiro no presbitério e depois na Convenção das Assembleias de Deus no Estado de Alagoas (COMADAL). Pelo menos na primeira reunião, a iniciativa foi aprovada por unanimidade e atendeu a expectativa dos obreiros presentes a reunião que não suportava mais os perniciosos desdobramentos da união entre igreja e política.

Havia duas linhas de entendimento entre os membros da igreja, os ortodoxos, que não aceitavam qualquer assunto político dentro da igreja e os liberais, que defendiam que a igreja indicasse e apoiasse a candidatura de um representante oficial. Parece que essa é a linha do Projeto Cidadania AD Brasil.

Projeto Cidadania AD Brasil em Alagoas

Falando em Cidadania AD Brasil, ele é um projeto que pertence ao Conselho Político da CGADB e tem por objetivo apoiar, preferencialmente, os membros das Assembleias de Deus vinculadas à CGADB que apresentem vocação política, bem como despertar a consciência de cidadania do nosso povo.

Participei, como eleitor, de dois projetos apoiado pelo AD Cidadania, um no âmbito municipal e outro, estadual. Em ambos, apesar do desgaste provocado na congregação, os candidatos foram eleitos, mas não atenderam a expectativa dos seus eleitores. A prova maior é que ambos não foram reeleitos.

Nos dois casos, não houve um projeto de lei relevante que trouxesse benefício direto para a instituição que os elegeram. Muito pelo contrário, na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, onde o candidato oficial da IEADAL fazia parte da mesa diretora, o seu nome foi envolvido em um dos maiores escândalos de corrupção da história daquela casa, acusado de desviar 4,7 milhões de reais. Além de condenação (multa de R$5.000,00) por campanha eleitoral em evento dentro da própria igreja.

Entendo que o custo foi bem maior que o benefício do projeto Cidadania AD Brasil em Alagoas

Resolução 004/2016

No que tange a Resolução 004/2016, ela traz de volta a ortodoxia dos primórdios da primeira geração das Assembleias de Deus no Brasil e afirma que a igreja não tem interesse em indicar pastores ou obreiros a cargo eletivo, como prova, os que se aventurarem no pleito eleitoral, além da desincompatibilização obrigatória, terão suas remunerações suspensas, segundo os artigos 1° e 2° da Resolução. Caso eleito, não voltam a dirigir suas congregações.

O § 2.° do art. 1° da Resolução é exemplificativo (“dentre outros”) e ampliou o conceito de obreiros para fins de desincompatibilização, alcançando dirigentes de círculos de oração, de mocidade, dos departamentos, de grupos de louvor, de grupos de oração, dentre outros. Logo, qualquer pessoa que exerça liderança nas IEADAL tem que deixar a função, inclusive esposa, filho, genro de pastor que lidere qualquer trabalho na congregação.

No meu sentir a iniciativa é louvável, deveria ser aprovada pelo Conselho Político da CGADB e servir de diretriz para todo Brasil. Além do mais, entendo que pastor que se dedica ao processo eleitoral, das duas uma: ou não é vocacionado para o pastoreado ou está com crise de identidade. Afinal, Deus ainda pergunta aos seus profetas: Que ocupação é a tua? (Jn 1.8).

A IEADAL está dando exemplo a todo o ministério assembleiano brasileiro, primeiro, com a escolha pacifica por aclamação do seu novo presidente, agora, com a aprovação da Resolução n° 004/2016, e traz diretrizes éticas para o processo eleitoral e a igreja.

Confira a Resolução na íntegra:

RESOLUÇÃO 004/2016 – IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS NO ESTADO DE ALAGOAS

Maceió - AL, 05 de julho de 2016.

A presente resolução disciplina os procedimentos a serem adotados nos pleitos eleitorais em relação aos Ministros Candidato, disciplinando as propagandas eleitorais.

Art. 1º. Esta IGREJA é ciente de que todo cidadão pode votar e ser votado.

Paragrafo Primeiro. A IGREJA declara que tem ciência de que as autoridades que exercem funções que possam desequilibrar a igualdade de concorrência eleitoral seja cargo publico ou privado, devem se desincompatibilizar de suas funções no período eleitoral conforme determinação da Lei 9.504/97, estendendo-se a desincompatibilização aos obreiros.

Paragrafo Segundo. Entende-se por obreiro todos os que exercem liderança, seja de campos eclesiásticos e congregações como dirigentes de filiais, de círculos de oração, de mocidade, dos departamentos, de grupos de louvor, de grupos de oração, dentre outros.

Art. 2º. Os Ministros que recebem prebenda da Organização Religiosa terão suspensas suas rendas eclesiásticas, visto que outro Ministro será empossado em sua função e fara jus ao recebimento da prebenda.

Paragrafo Primeiro. A presente decisão surge, porque o Ministro escolheu de livre e espontânea vontade ser candidato, não sendo iniciativa nem interesse da Igreja, portanto a Igreja não tem obrigação de continuar fornecendo a prebenda.

Paragrafo Segundo. Considerando que o Ministro candidatou-se por sua própria escolha e risco, a COMADAL e a IGREJA não terá nenhum compromisso financeiro com o candidato Ministro durante o período eleitoral e pós-eleitoral.

Paragrafo Terceiro. Quanto a voltar a dirigir Filiais, ficará a critério das Mesas Diretoras da IGREJA e COMADAL reintegrarem-no quando houver oportunidade e ainda, se o Ministro permanecer cumprindo com os ditames da Bíblia Sagrada e das normas que regem a COMADAL e a IGREJA.

Paragrafo Quarto. Sendo o Ministro eleito, não poderá reassumir direção de filiais e congregações.

Art. 3º. De acordo com a Legislação Eleitoral vigente, o Ministro que se candidata não pode se utilizar do culto, do templo e das demais dependências da Organização Religiosa para promover propaganda eleitoral de qualquer natureza.

Art. 4º No tocante ao Ministro assumir cargos a frente de secretarias de governos municipais e estaduais, serão aplicadas as mesmas regras atinentes às candidaturas.

Art. 5º. Concernente as autoridades que aparecerem em nossos cultos e liturgias, deverão ser honradas e apresentadas como autoridades e não como candidatos, sendo vedado no período eleitoral conceder oportunidade as autoridades de fazer uso da fala nas reuniões e cultos, enquanto candidatos.

Art. 6º. Os casos omissos nesta resolução referentes às matérias eleitorais serão tratados pelas Diretorias da IGREJA e COMADAL respectivamente, bem como pelo Conselho Consultivo e de Ética.

Publique-se e Cumpra-se.

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IGREJA EVANGELICA ASSEMBLEIA DE DEUS NO ESTADO DE ALAGOAS

Reverendo Dr. JOSÉ ORISVALDO NUNES DE LIMA

Presidente

1 de jun. de 2016

A POLÊMICA DA NOVA LOGOMARCA DA AD NO ESTADO DE ALAGOAS

Após a publicação da nova logo marca da Assembleia de Deus no Estado de Alagoas houve muita discussão acerca de diversos pontos não esclarecidos na sua divulgação, relacionados ao uso das cores que remontam a outra igreja pentecostal tradicional, a questão jurídica do uso de elementos já usados pela Igreja de Roma e, em especial, do cristograma conhecido por chi rho (pronuncia-se quirô).

Do ponto de vista gráfico, apesar de conter um elemento subjetivo na avaliação, por incrível que pareça, a maioria das pessoas gostou. Isso é raro no meio protestante. 

Argumento jurídico

No que tange ao campo jurídico, creio que não haverá muita dificuldade, pois ninguém pode alegar uma violação ao direito de uso de um símbolo devido ao domínio público de qualquer símbolo ou obra antiga. Pelo que foi divulgado, a nova logo já está registrada e goza de proteção de direitos autorais.

Semelhança com as cores da logomarca da Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ)

Sobre o uso das cores que lembram a IEQ, não vejo maiores dificuldades, a citada igreja é uma instituição bíblica com objetivos afins ao da Assembleia de Deus. Além do mais é uma igreja história que tem a sua doutrina baseada em um sermão pregado em 1922 na Califórnia por sua fundadora, Aimee Semple McPherson, quando falava sobre a visão de Ezequiel 1.1-28, foi inspirada a denominar o seu ministério como Quadrangular. Que significa exatamente a sinopse na mensagem do evangelho pleno: Jesus salva, cura, batiza e voltará. A salvação simbolizada pela cruz (Cl 1.20) e pela cor escarlate (vermelha), o poder curador (ou curativo) simbolizado pelo cálice (1 Co 10.16) e pela cor azul-claro, o Espírito Santo simbolizado pela pomba (Mt 3.16; Jo 1.32-33) e pela cor ouro (amarelo); finalmente, a volta de Jesus é simbolizada pela coroa (Ap 14.14 – 19.12) e pela cor púrpura (roxa). Logo, no meu sentir é uma honra ser comparado à briosa Igreja Quadrangular.

Chi rho

Porém, de todas as discussões, a mais acalorada é sobre o uso do chi rho. Os que são contra alegam, resumidamente, que o símbolo já foi usado por escribas pagãos e que é um elemento até hoje usado pela Igreja de Roma. Os que são favoráveis alegam que o cristograma é um símbolo usado desde os primórdios da igreja cristã.

Levando em consideração que todas as assertivas acima são verdadeiras, ou seja, que um símbolo usado pela igreja primitiva, mas que posteriormente foi incorporado por grupos pagãos e que até hoje é usado pela Igreja de Roma entendemos o seguinte.

Primeiro temos que notar que é impossível impedir que pessoas ou instituições pagãs usem símbolos cristãos. Têm movimentos e grupos de diversas ideologias que usam elementos cristãos como símbolo, por exemplo, o arco íris que é símbolo da aliança de Deus com os homens sendo usado por movimentos ligados aos homossexuais. Como dizia Agostinho, o diabo é o macaco imitador de Deus (simius imitatio dei). Tudo que Deus criou o maligno tenta imitar para deturpar.

Vinculação com a Igreja Católica Ortodoxa Romana (ICOR)

Acerca da vinculação ao catolicismo ou ecumenismo velado, apesar de haver uma distância no pragmatismo da ICOR com os protestantes, doutrinariamente, há pontos de convergência, pois pertencemos ao mesmo ramo comum: o cristianismo. Temos que aprender que eles não são nossos irmãos, tão pouco nossos inimigos, mas são nossos primos distantes.

Isso é só um pouco preocupante do ponto de vista pragmático (ortopraxia). Indubitavelmente, a cruz é um símbolo bíblico, mas se passássemos a usá-la nem nossas fachadas e documentos isso causaria uma confusão mental nos crentes protestantes, em especial na cabeça dos mais leigos, pois ao entrar no templo e ver um símbolo que, historicamente, remonta a Igreja Católica Romana, especialmente no Brasil, causaria estranheza. O que não ocorre com as igrejas protestantes europeias ou americanas. Mas no que diz respeito ao chi rho, não há sua vinculação com a ICOR no Brasil.

Em ambos os casos (cruz e chi rho), o desconforto no uso de simbologia para os mais leigos, não usual no pentecostalismo clássico, seria combatido com instrução bíblica. Algo que o apóstolo Paulo, já recomendara a Igreja de Deus em Tessalônica: Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes […](1 Ts 4.13). Afinal de contas, não há como desenvolver uma logo sem aderir uma simbologia.

Análise teológica da logomarca antiga

Argumentos a favor ou contra a nova logomarca encontraremos diversos. Isso é mais uma questão de postura e gosto pessoal, pois se analisarmos teologicamente, talvez a antiga logo seja bem mais polêmica, quem sabe herética.

Um amigo fez uma ressalva interessantíssima, baseado em diversos estudos, a logomarca antiga pode violar o segundo mandamento da lei de Deus. Observemos o que diz Êxodo 20. 4-5:
Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem [original sem negrito].
Observemos, em primeiro lugar, que Deus proíbe não só o culto (não te encurvarás) tal como a confecção (não farás), de imagem de escultura (pintura ou escultura). Essa simples interpretação gramatical resolveria, mas se quisermos aprofundar, interpretaríamos sistematicamente com o texto de Ezequiel 8.8-13 e veríamos que pintura (qualquer representação gráfica) é abominação ao Senhor. Mas o que não se pode representar? Qualquer coisa que esteja nos céus (Deus, anjos, demônios, aves, etc), na terra (répteis, pessoas, insetos, etc) e águas debaixo da terra (qualquer ser vivo dos lençóis freáticos). Assim, a logomarca antiga, por conter a representação de uma pombinha, ela não seria nada teológica: Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus (Êx 20.4a)

Conclusões

Diante do que foi dito, entendemos que não há problema que o pastor presidente (ou bispo) de qualquer ministério adote uma logomarca para manifestar quais princípios irão nortear o seu pastoreado, respeitando a simbologia bíblica e histórica do cristianismo.

Durante o discurso de posse do pastor José Antônio dos Santos, ele afirmou que desejava desenvolver o ministério presidencial marcado por três coisas, que eram a unção, a união e a alegria. Por isso, pensou na simbologia da pombinha para norteá-lo durante todo seu ministério.

No dia em que foi empossado, o Reverendo José Orisvaldo Nunes de Lima, novo presidente, prometeu cuidar do povo de Deus e manter a defesa da sã doutrina, e, na ótica da sua simbologia, restaurar a visão cristocêntrica do Evangelho, simbolizado pelo chi rho, pelo alfa e ômega e pelo peixe, sem se esquecer do avivamento, simbolizado pela chama em forma de peixe. 

Por fim, entendemos que se deveria implementar paulatinamente a nova logomarca, como parece estar sendo feito: primeiro, para dialogar um pouco mais com a igreja (o que está acontecendo espontaneamente nas redes sociais). Além do mais, confessamos que gostaríamos muito de ver um movimento para uniformização da identidade visual da Assembleia de Deus no Estado de Alagoas, das fachadas de todos os prédios, pela plotagem de todos os veículos oficiais, passando pelas bíblias, canetas, ofícios, etc.


Símbolo da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado de Alagoas


24 de dez. de 2010

É CORRETO OU NÃO CELEBRAR O NATAL?

Pelo Rev. José Orisvaldo Nunes de Lima*
I – PORQUE CELEBRO O NATAL



01 – Porque as Santas Escrituras nem ordenam nem proíbem que seja celebrado e segundo entendemos, pecado é a transgressão das ordens divinas e como não há ordem divina proibindo Natal, nada impede que o celebremos.



02 – Celebro o Natal porque os piedosos anglicanos do século XVI diziam: “O que não é contra as Escrituras é pelas Escrituras e as Escrituras por elas”.



03 – Celebro o Natal porque os santos reformadores do século XVI o celebraram com muito fervor e alegria: Lutero, Calvino, Melancton, Teodoro Beza, Zwinglio, etc.



04 – Celebro o Natal porque os maiores avivalistas usados por Deus na história da igreja o celebraram: O Conde Zinzendorf do avivamento morávio, João Wesley, Charley Finney, George Wittefield, Charles Spurgeom, Moody, etc.



05 – Celebro o Natal porque os nossos pais pentecostais o celebraram com grande zelo: Daniel Berg, Samuel Nystron, Joel Carlson, Nels Nelson, Otton Nelson bem como todos os pastores que os sucederam, tais como Antônio Rego Barros, Gustavo Arne Jonhanson, Juvenal Pedro da Silva, Manoel Pereira Lima e outros em nosso estado e por esse mundo à fora.



06 – Celebro o Natal porque para Gunnar Vingren, o pioneiro-mor do Movimento Pentecostal Brasileiro, era o culto de mais alegria e também em que mais se alegrava e manifestava os dons espirituais.



07 – Celebro o Natal, porque nesse dia, através dos cultos especiais muitas almas foram salvas e muitos crentes foram batizados no Espírito Santo.



08 – Celebro o Natal porque na década de 1980 em um culto de Natal na igreja do Pr. David Yonggi Cho na Coréia, o culto começou pela manhã, emendou com a noite e milhares de crentes foram batizados no Espírito Santo, provando Deus que se agrada desse trabalho natalino.



09 – Celebro o Natal e aprecio seu dia festivo com comidas especiais pois a Bíblia diz que em dias festivos de muita alegria é lícito “comermos as gorduras e bebermos as doçuras e também enviar porções aos que não tem nada”, como nos dias de Neemias. Ne 8.10. Portanto é bíblico fazer banquetes em dias de alegria.



10 – Celebro o Natal e aprecio o clima de confraternização e os presentes que são trocados entre amigos, pois isto é bíblico, a Bíblia diz que nos dias de muita alegria o povo de Deus presenteavam uns aos outros como nos dias de Ester. Et. 9.22. Assim sendo há fundamento bíblico para presentearmo-nos em datas festivas. Observe que nas festas dos judeus se mandavam presentes para os pobres. Jo 13.29. Portanto esse costume é bíblico e saudável.



11 – Celebro o Natal por ser o fato do nascimento de Jesus, o dia mais importante da humanidade e lembro-me que era eu criança em 21 de julho de 1969 quando os americanos puseram pela primeira vez os pés na lua e o evento foi transmitido pelas TVs preto e branco da época. O presidente Nixon entusiasmado bradou: “Hoje é o dia mais importante da história”. O evangelista Billy Graham estava ao seu lado e o repreendeu imediatamente dizendo: “Perdoe-me excelência, mais o dia mais importante da história ocorreu há cerca de 2.000 anos atrás quando Deus pôs os pés na terra sobre a manjedoura de Belém”.



12 – Celebro o Natal apesar de saber que não se conhece exatamente o dia do nascimento de Jesus. Para mim pouco importa a data, mas sim a celebração e o sagrado fato de o Filho de Deus ter se feito carne e vindo até nós.



13 – Celebro o Natal porque este acontecimento foi profetizado por muitos profetas desde o principio do mundo. É um dos assuntos mais badalados do Antigo Testamento. O próprio Deus anunciou este dia quando disse que o Messias viria da semente da mulher. Gn 3.15. Creio que o cumprimento de uma profecia de tão grande dimensão deve ser celebrado com alegria.



14– Celebro o Natal porque sem Natal não haveria Calvário, nem túmulo vazio e conseqüentemente ninguém seria salvo. Assim: Glória a Deus pelo Natal!



15 – Celebro o Natal de forma bíblica e espiritual, se alguém celebra o Natal de forma errada e abusiva eu não tenho culpa, é problema do tal. Apego-me ao jargão latino que diz: “O abuso não tolhe o uso.”



16 – Celebro o Natal porque foi um evento tão magno que fez a corte angelical descer para a esfera terrestre e formar um lindo coral nos céus de Belém. Isto foi inédito!



17 – Celebro o Natal porque foi o único evento na história que fez uma estrela mudar a órbita para indicar o local onde o Santo menino estava. Nunca antes ocorrera tal coisa!



II – SOBRE OS QUE JÁ NÃO CELEBRAM O NATAL



Ultimamente uma parcela dos evangélicos “descobriu” que quem celebra o Natal está celebrando uma festa pagã do deus mitra que era celebrada em Roma cada 25 de dezembro em comemoração do nascimento do deus sol. Dizem que quem celebra o Natal de Jesus, está firmando uma aliança com as trevas e dando legalidade a Satanás para atuar em suas vidas.

Quero esclarecer aos leitores que se formos cortar de nossa fé tudo que tem um correlato pagão vamos até ter que rasgar nossas Bíblias.

Observe: O grande teólogo Agostinho dizia que Satanás é o “Simius imitatio Dei.” Traduzindo do latim: “Satanás é o macaco imitador de Deus”. Assim sendo não é a Bíblia, nem a fé nem as práticas cristãs que imitam Satanás, mas sim, Satanás que qual macaco quer imitar as coisas de Deus para confundir.



Vejamos alguns exemplos:



1 – Satanás sabia que Jesus nasceria de uma virgem que morreria e ressuscitaria. Pois é, muito antes de Cristo, no paganismo babilônico, criou-se a lenda de que, a deusa Semíramis foi mãe sendo virgem e dela nasceu o deus Tamuz que morreu no inverno e ressuscitou na primavera.



2 – Muito antes de Cristo vir ao mundo todas as religiões pagãs tinham uma tríade de deuses imitando a santa doutrina da Trindade que é comum a todos os cristãos.



3 – Em quase todas as religiões pagãs se oferecem sacrifícios cruentos aos deuses (ou seja, sacrifício com derramamento de sangue) coisa esta que foi estabelecida por Deus no Velho Testamento e que findou no sacrifício de Cristo.



4 – Jesus instituiu a Santa Ceia para que participássemos do seu corpo e do seu sangue. Mas, não só os cristãos têm cerimônia com alimentos, às religiões pagãs também as têm.



5 – Desde os primórdios que a pomba é aceita pelos cristãos como símbolo do Espírito Santo. Recentemente o paganismo da Nova Era adotou a pomba como um dos seus símbolos.



6 – Muitas igrejas evangélicas têm as palmas (aplausos) como parte da sua liturgia e a Bíblia não proíbe tal prática, mas a história nos mostra que nos cultos pagãos os gregos batiam palmas para atraírem a atenção dos deuses em seus cultos.



7 – Os que condenam o Natal como festa pagã celebram seus aniversários com bolos revestidos de glacê branco e velinhas acesas, mas desconhecem que tal prática originou-se no paganismo dos celtas: o bolo representa a deusa lua e a luz das velas o seu brilho.



8 – Os que condenam o uso do pinheiro natalino dizem que os pagãos adoravam o pinheiro e assim afirmam que o mesmo é um apetrecho idólatra, mas esquecem de que em Oseías 14.8 o próprio Deus se compara a um pinheiro (Na ARC escreve-se faia). Se condenarmos o pinheiro porque os pagãos o tinham como sagrado, vamos amaldiçoar e cortar todas as jaqueiras do mundo, pois os da magia negra fazem sacrifícios sob as mesmas, dizendo que uma entidade sagrada nelas habita.



9 – Os que condenam o Natal como festa pagã são apaixonados pelas olimpíadas e esquecem ou talvez a ignorância os impede de saber, que as primitivas olimpíadas eram jogos em homenagem aos deuses pagãos. A expressão olimpíadas vem de “Olimpo” que na mitologia grega era a morada dos deuses.



10 – Quando Deus fez uma aliança com Noé deu o arco como sinal entre Ele e a humanidade, hoje o arco íris é símbolo oficial da comunidade homossexual.



11 – Grande parte dos evangélicos, inclusive os que dizem ser o Natal uma festa pagã falam línguas, mas hoje em dia pessoas idólatras também falam línguas.



12 – Muitos evangélicos desses grupos que dizem que o Natal é coisa diabólica usam em seus templos a chamada “estrela de Davi”. Curioso é que os da magia negra usam esse mesmo símbolo nos seus trabalhos de feitiçaria e o chamam de símbolo de Salomão.



Só nos resta agora dizer a célebre frase de Carlos Drummond de Andrade: “E agora José? !”



Vamos deixar de crer no nascimento virginal, na morte e ressurreição de Jesus?

Vamos deixar de crer no Pai, no Filho e no Espírito Santo?

Vamos rasgar as páginas da Bíblia que falam em sacrifícios com derramamento de sangue?

Vamos deixar de celebrar a Ceia do Senhor?

Vamos acabar com o simbolismo da pomba?

Os que batem palmas em seus cultos vão deixar de fazê-lo?

Os que são apaixonados por olimpíadas vão desligar a televisão nos próximos jogos de 2012?

Vamos proibir de falar línguas nas Igrejas?

Os devotos da estrela de Davi vão arrancá-la de seus templos?

Será rasgada a página da Bíblia que fala do arco íris?



Portanto, eu não posso deixar de celebrar o Natal de Jesus. Se o diabo tinha um paralelo imitando o Natal cristão é problema dele.

Eu não vou deixar de crer na Trindade, no nascimento virginal de Cristo, no sacrifício cruento de Jesus, nem deixar de celebrar a Santa Ceia só porque o diabo tem algo semelhante nas religiões pagãs.

Não sou eu, nem meus irmãos cristãos que o estamos imitando. Ele é quem é o imitador.

Se assim fora, todos os cristãos de língua anglo saxônica seriam idólatras, pois na língua deles todos os dias da semana têm o nome de um deus pagão. Por exemplo, em inglês sábado é Saturday (dia de saturno), domingo Sunday (dia do deus-sol), etc. Mas o que são esclarecidos sabem que nem o sábado, nem o domingo, nem as plantas, nem nada neste mundo é dos deuses ou dos demônios mas todas as coisas pertencem ao Senhor pois o salmista disse: “Do Senhor é a terra e tudo que nela há” Sl 24.1.

Curioso é que esses novos grupos estão deixando de celebrar o Santo Natal, estão, nessa data, celebrando uma festa judaica chamada CHANUKAH ou festa das luzes e curioso é que esta festa nada tem haver com a Bíblia, mas é baseada no livro não inspirado pelo Espírito Santo chamado de Macabeus, um dos livros apócrifos que não são aceitos nem pelos judeus nem pelos evangélicos, mas que essas igrejas recentes estão adotando. Curioso! Celebram uma festa que nada tem haver com a Bíblia e rejeitam o Natal que está claramente na Bíblia! Nas tais igrejas na dita festa do CHANUKAH, colocam na plataforma do púlpito um castiçal de 09 braços e fazem uma novena acendendo uma vela à cada noite. Mas vamos deixar isso para lá. Qualquer semelhança com o paganismo é mera coincidência!

Notável é que essa tal festa da CHANUKAH é baseada em lendas e fábulas de velhas judias como nos disse o apóstolo Paulo em 1 Tm 4.7 e 2 Tm 4.4.

Que pena que a falta de conhecimento campeia em muitos desses novos grupos religiosos que surgem a cada dia. É como disse o apóstolo Paulo com os simplórios dos seus dias... “Nada sabem, mas deliram acerca de questões e contendas de palavras das quais nascem invejas, porfias; blasfêmias, ruins suspeitas, contendas de homens corruptos de entendimento e privados da verdade cuidando que a piedade seja causa de ganho: aparta-te dos tais.” I Tm 6.4,5.



Assim sendo, celebre o Natal com alegria e diga com os anjos: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra e boa vontade para com os homens”. Lc. 2.14.

Com muita convicção abracemo-nos uns aos outros e com lágrimas de gratidão a Deus digamos: “Feliz Natal”!


*É lider da AD de São Miguel dos Campos-AL e Vice-presidente da COMADAL



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