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24 de jul. de 2023

CLARITA, A MENINA MORDIDA POR DEMÔNIOS

 
Lestes Sumrall impondo às mãos em Clarita

Lester Sumrall (1913-1996) foi um proeminente pastor, evangelista e missionário pentecostal norte-americano. Ele fundou a LeSEA Broadcasting e ficou conhecido por seus esforços ministeriais globais, incluindo inúmeras viagens missionárias ao exterior. Sumrall escreveu mais de 130 livros e pregou em mais de 110 países. Seu trabalho impactante deixou um legado duradouro na comunidade cristã.


Em uma dessas viagens foi compungido pelo Espírito Santo para ir a capital das Filipinas, Manila. Assim que chegaram, Lester e Louise, sua esposa, receberam uma milagrosa provisão para comprar a terra e o hangar aeronáutico em terras filipinas, mas nessa provisão houve burocracia e ineficiência das autoridades da cidade, o que impossibilitava a obtenção das licenças de construção necessárias. Então, na mais estranha das circunstâncias, o Senhor escancarou a porta para a cidade de Manila.


O nome de Clarita Villanueva, uma garota de dezoito anos de idade, tornou-se, de repente, o mais conhecido em toda Manila. Programas de rádio por toda a cidade relataram a história horrível de uma jovem que fora presa por vadiagem. Ela estava trancada na Prisão Bilibid e gritava por acreditar que dois monstros invisíveis a mordiam o dia todo.


Para espanto dos policiais, guardas e médicos da prisão, havia, de fato, marcas de mordida em sua pele, com vergões vermelhos e sangramento, todas as vezes em que ela gritava. Mais de vinte e cinco pessoas, incluindo um capelão católico da prisão, disseram ter visto evidências de que ela havia sido mordida por seres invisíveis.


Entre lágrimas, Clarita descreveu as criaturas, dizendo: “Um alto, com a aparência de mau, escuro e vestido de preto; e o outro, baixo e angelical, com cabelo branco como a neve. Este último foi o que mais mordeu.”


Lester estava ouvindo um daqueles programas de rádio quando soube da horrível tortura da menina que gritava ao ser mordida por seres invisíveis. Muito afetado, ele se virou para Louise e gritou: “A menina não está doente e os médicos são impotentes contra tal inimigo. Seu grito é o grito do condenado; essa menina está possuída por demônios.”

Clarita e Lester Sumrall


Lester não conseguiu dormir na noite em que ouviu a transmissão de rádio. Ele orou continuamente para que o Senhor livrasse Clarita daquele tormento. 


Durante aquele tempo de oração, ele sentiu uma profunda convicção de que deveria visitar Clarita na prisão. Movido por um senso de propósito e determinação, Lester foi até as autoridades da prisão e explicou sua intenção de ajudar a jovem.


Apesar do ceticismo inicial, ele conseguiu permissão para se encontrar com Clarita. Ao vê-la, Lester ficou chocado com o estado dela. Ela estava pálida, cheia de medo e exausta pelo tormento contínuo. Determinado a ajudar, Lester começou a conversar com Clarita, oferecendo palavras de conforto e encorajamento.


Ele explicou que acreditava na existência de forças espirituais além do nosso entendimento e que estava lá para ajudá-la a lutar contra os demônios que a atormentavam. Juntos, eles começaram a orar fervorosamente, clamando pela proteção divina e pela libertação de Clarita.


Enquanto oravam, Lester sentiu uma presença poderosa e uma paz indescritível encherem a sala. No meio da oração, Clarita começou a tremer violentamente e a gritar. Lester, confiante na proteção divina, permaneceu firme e continuou orando com ainda mais fervor.


De repente, Clarita parou de tremer e soltou um suspiro profundo. Seu rosto, antes pálido e atormentado, se iluminou com uma expressão de alívio. Ela olhou para Lester com gratidão e disse: “Eles se foram. Os demônios se foram!


Aquela experiência foi um ponto de virada na vida de Clarita. Ela se recuperou completamente e nunca mais experimentou a mordida dos demônios invisíveis. A história de sua libertação se espalhou pela cidade, trazendo esperança e fé para muitos que ouviram falar do milagre.


Duas curiosidades é que um dos netos dos Sumrall atualmente é pastor da igreja fundada no terreno adquirido em Manila e a segunda é que esse fato gerou muitas produções cinematográficas. A  mais recente é uma produção filipina chamada “Clarita” de 2019. 


Filme inspirado em Clarita

A história de Clarita e sua libertação dos demônios invisíveis se tornou uma inspiração para muitos, mostrando que, mesmo nas circunstâncias mais sombrias, a fé e na presença divina podem trazer cura e libertação.

Referências: Generais de Deus. Ministérios  de Cura

18 de jul. de 2023

O ENCONTRO DE TOMMY HICKS COM JUAN PERÓN

 

T. Hicks e Juan Perón

Tive contato com a biografia do evangelista norte-americano T. Hicks durante um sermão do Rev. José Orisvaldo Nunes de Lima no culto de doutrina no tempo sede da Assembleia de Deus em Alagoas e procurei conhecer um pouco mais sobre esse grande avivalista que incendiou a cidade Buenos Aires através de campanhas evangelísticas confirmadas com sinais. Não vou abordar tudo que aconteceu nos cinqüenta e quatro dias que ele visitou a capital argentina, mas apenas destacar seu encontro com o presidente argentino.

A visão

Enquanto orava, ele viu claramente um mapa da América do Sul coberto por um extenso campo de trigo amarelo, com os talos inclinados e prontos para a colheita. Enquanto contemplava aquele belo quadro de trigais sob o sol do meio-dia, os talos de trigo começaram a se transformar repentinamente em corpos humanos, homens e mulheres com as mãos levantadas, clamando: “Venha, irmão Hicks! Venha nos ajudar!”.

Desde esse momento, Hicks ficou convencido de que Deus lhe reservava uma tarefa especial na América do Sul. Por que na América do Sul? Ele não tinha nenhum conhecimento sobre aquela região do mundo, mas não tinha dúvidas sobre o mapa que tinha visto. Em seguida, enquanto continuava a orar Deus lhe deu uma profecia que ele escreveu na Bíblia: “Não cairão duas nevascas sobre a terra antes que você vá para esse país, pois você não irá por mar ou por terra, mas voará como um pássaro”.

Providência inicial

Assim que pôde, Tommy Hicks pagou todas as suas dívidas e fez os preparativos necessários para viajar para uma região desconhecida. Ele tinha pouquíssimo dinheiro, mas de repente começou a receber uma quantidade extraordinária de correspondência, grande parte dela com contribuições espontâneas. Em um período de dez dias, ele conseguiu o suficiente para comprar uma passagem só de ida para Buenos Aires, Argentina, e ficou com 47 dólares. Um grupo de amigos foi se despedir dele no Aeroporto Internacional de Los Angeles, dando-lhe uma doação adicional de 200 dólares para suas despesas.

“Quando parei para pensar - diz Hicks - parecia verdadeiramente ridículo estar indo para um país desconhecido, onde as pessoas nem sequer me conheciam e eu não falava o idioma. Tudo isso com poucos dólares no bolso. No entanto, no fundo da minha alma, eu me sentia em paz com Deus...”.

“Perón, Perón...” Na última parte do voo, depois de realizar várias reuniões evangelísticas em Temuco, Chile, o nome de Perón começou a surgir na mente de Hicks. Ele não tinha a menor ideia do que significava a palavra “Perón”, mas tinha uma profunda convicção de que Deus estava falando com ele. Então ele chamou a comissária de bordo e perguntou: “Você conhece alguém por aqui chamado Perón?” A jovem pareceu surpresa e respondeu: “Sim. O senhor Perón é o Presidente da Argentina.”

Hicks na Argentina

O mandato ficou claro para Hicks. Deus queria que ele falasse com o Presidente da nação. Os missionários com quem entrou em contato ao chegar na capital argentina aconselharam-no a não tentar conseguir uma entrevista com o Presidente. Eles duvidavam muito que ele a conseguisse. Além disso, temiam que ao se aproximar do escritório do Presidente, corresse o risco de ser preso.

Sem se intimidar, Hicks solicitou uma entrevista com Juan Domingo Perón. Depois de insistir em seu pedido, foi recebido no escritório do ministro das Relações Exteriores; mas parecia que não iria mais longe dali. Perón não podia receber mais visitantes naquele dia, pois esperava a visita do presidente do Panamá.

Deus abriu a porta

Então o secretário do ministro das Relações Exteriores entrou mancando no escritório. Sua perna esquerda estava machucada e seus músculos rígidos. Seu joelho também estava muito inchado e ele pediu permissão para ir para casa. Hicks sugeriu que orassem por ele. O secretário zombou dele, dizendo: “Mesmo que Jesus Cristo estivesse aqui, ele não poderia curar minha perna”. Tommy Hicks deu alguns passos em direção ao homem, ajoelhou-se e colocou suas mãos no joelho ferido. Então ele orou, pedindo a Deus que manifestasse seu poder. Hicks sentiu os músculos começando a relaxar. O secretário abriu muito os olhos, cheio de surpresa. A dor tinha desaparecido! Hicks se dirigiu ao ministro, que ficou como que em transe, e perguntou: “Posso ver o Presidente agora?”. “Eu mesmo o levarei”, respondeu o ministro, com um sorriso amigável.

Deus abriu a porta e preparou o caminho. O Presidente Perón foi cordial e afetuoso. No final da entrevista, ele deu um abraço em Hicks, agradeceu sinceramente sua visita e oraram juntos. Em seguida, Perón ordenou a seu assistente que desse a Hicks o que ele pedisse. O primeiro pedido que ele fez e lhe concederam foi o uso de um grande estádio e livre acesso à imprensa e à rádio do governo.

Avivamento argentino

Embora o evangelista Hicks estivesse principalmente ligado à União das Assembleias de Deus na Argentina, a campanha teve a adesão e participação ativa de praticamente todo o movimento pentecostal no país. É importante mencionar que outros grupos denominacionais não pentecostais, conjuntos e pastores em particular também se uniram completamente à atividade.

Primeiro, o evento foi realizado no estádio do Atlanta e depois no estádio do Huracán. A campanha ocorreu durante 54 noites, entre os meses de abril e junho de 1954. Na última etapa, estima-se que cerca de 300 mil pessoas compareciam a cada noite, o estádio do Huracán comportava na época 85 mil espectadores nas arquibancadas, além das pessoas no campo e ao redor do estádio. 

Estudos sobre a igreja revelaram a importância crucial que a campanha de Tommy Hicks teve em 1954 para a Igreja Evangélica na Argentina. Arno Enns, autor de um livro clássico de história eclesiástica da Argentina, descreveu a campanha de Hicks como “um evento soberano de Deus, de importância decisiva”.

O livro “Avanço evangélico na América Latina”, de grande influência, diz: “Muitos evangélicos da República Argentina, concordem ou não com a teologia de Hicks, admitem que suas reuniões quebraram a rígida resistência argentina ao testemunho evangélico”.

Os números definitivos podem variar, mas, no total, aproximadamente dois milhões de pessoas ouviram a mensagem das Boas Novas do Evangelho. 


30 de jan. de 2017

JENNIE EVANS MOORE SEYMOUR - PIONEIRA DO MOVIMENTO PENTECOSTAL

William e Jennie Moore
Antes do grande avivamento na história americana oriundo do movimento na Rua Azusa em 1906, Deus escolheu Jennie Evans Moore Seymour para participar dele.

Jennie é provavelmente a primeira mulher a falar em línguas em Los Angeles. Nasceu em Austin, Texas, em 10 de março de 1874, filha de Jackson e Eliza Moore

Jennie saiu da sua terra natal para procurar emprego em Los Angeles como criada. Depois ela começou a cozinhar para uma influente família branca que morava na Rua Bonnie Brae 217.

William J. Seymour chegou em Los Angeles em fevereiro de 1906, ele tinha saído da Holiness Church onde ele foi convidado para pregar. Depois começou seu ministério para um pequeno grupo de crentes na casa de Richard and Ruth Asberry na Rua Bonnie Brae 214. Na maioria das vezes eles adoraram com um grupo de afro-americanos, eventualmente brancos participavam também.

Jennie vivia próximo da rua e regularmente frequentava as reuniões. Ela tinha recebido uma visão de três cartões. Cada um tinha duas línguas escritas neles. Os seis idiomas foram francês, espanhol, latim, grego, hebraico e hindu.

Em 06 de abril de 1906, um homem chamado Edward Lee espontaneamente explodiu falando em línguas estranhas depois de Seymour ter orado por ele. Naquela noite Seymour testificou Lee falando em línguas mais uma vez, e os crentes foram compelidos a ficar de joelhos.

Jennie caiu no chão e imediatamente começou a falar nos seis idiomas que ela tinha visto nos cartões da sua visão. Cada recado em línguas foi interpretado em inglês. Depois disso, Jennie, que nunca tinha tocado piano antes, se dirigiu ao teclado e tocou o instrumento enquanto cantava em línguas.

O avivamento continuou e William Seymour alugou um armazém abandonado na Rua Azusa 312 e iniciou a Missão da Fé Apostólica. Os cultos continuaram durante os sete dias da semana por mais três anos.

Jennie continuou a tocar piano nos cultos e tornou-se uma evangelista, missionária e líder de louvor. Ela casou com Seymour em 13 de maio de 1908.

As reuniões continuaram na congregação da Rua Azusa até a morte de William Seymour em 28 de setembro de 1922. Jennie foi, segundo ela própria, “uma evangelista de poder e grandemente amada por todos”, “assumiu a liderança da igreja”.

Ela continuou se reunindo com fidelidade na sua casa situada na Rua Bonnie Brae até a saúde dela se deteriorar. Ela morreu em 2 de julho de 1936.

A casa em que Jennie morou e realizou culto é hoje um museu de propriedade da Igreja de Deus em Cristo. O piano que ela tocou debaixo de unção do Espírito ainda pode ser visto.



*Glenn Gohr (Livre tradução do inglês)

21 de jun. de 2016

BIOGRAFIA: José Campos da Silva

A infância pobre


José Campos da Silva nasceu em 05 de agosto de 1948 no munício de Água Preta em Pernambuco, filho de Amaro Campos da Silva e Maria Noel da Conceição, família muito humilde de cortadores de cana.

Mas, na verdade, sua mãe deu a luz em um casebre no município de Campestre, município de Alagoas, por não haver muitos cartórios de registro civil, era comum na época colocar nas certidões de nascimento o local onde a criança era registrada. Logo, José Campos foi um pernambucano de alma alagoana.
José Campos, Cícero Campos e Severino Campos

Desde jovem ajudava ao seu pai na lavoura de cana-de-açúcar como cambiteiro (empregado que amarava os feixes de cana-de-açúcar e transportava para os caminhões), apesar do trabalho duro, não abandonava os estudos, uma vez que o Sr. Amaro, mesmo não sabendo ler, fazia questão que houvesse uma escola perto do seu trabalho para dar um futuro melhor aos seus filhos.

Sua infância foi muito difícil e para dificultar ainda mais a tão sofrida vida, sua genitora abandonou o lar, o que obrigou ao seu pai a assumir todas as funções em casa, para cuidar dele, do seu irmão mais velho, Cícero Campos, e do caçula, Severino Campos.


O estudante disciplinado

Aos oito anos de idade ingressou na Escola Municipal de Campestre, Estado de Alagoas. Foi uma época de pequeno alento, porque tinha assegurado nos dias letivos uma refeição fornecida pela escola. Muitas vezes essa era a única refeição do dia.

Em 1964, aos dezesseis anos, ingressou no ensino fundamental do Ginásio Municipal Agamenon Magalhães, no município de Palmares, no Estado de Pernambuco. 

Em 1970 na U. Sta. Terezinha: Gilberto, Reginaldo, P. Eugênio e Campos
Nessa época, sua dedicação aos estudos e disciplina pessoal, o fez ser selecionado para atuar como uma espécie de monitor escolar, que organizava as salas de aulas e auxiliava aos professores quando havia necessidade, chamado de bedel na época. 

Em 1968, ingressou no Colégio Diocesano dos Palmares. Após a conclusão do ensino médio (científico), estudou de 1971 a 1972, o curso Técnico em Contabilidade no Colégio Comercial e Normal dos Palmares.

Admirava a carreira militar por sua disciplina e sonhava em ser médico, mas nos dois anos de preparação para o vestibular, se apaixonou pelo Direito e foi aprovado no 23º lugar do vestibular na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), obtendo o título de bacharel em Direito no ano de 1978. O negro e filho do cortador de cana Amaro Campos, sempre comentava que parecia um sonho toda vez que entrava no campus de Direito da UFPE e sentava naquelas bancas (importadas da França) junto com filhos de pessoas da alta sociedade recifense.

Também concluiu em 2005 o bacharelado em Teologia pela Faculdade de Filosofia e Teologia de Alagoas.


Vida profissional: de Auxiliar a Advogado

Década de 80: Domício, Douglas Apratto, Jorge Gouveia e Campos
Em 1969, devido a sua dedicação e disciplina, foi contratado como Auxiliar Carteira Frete pela Usina Santa Terezinha S/A no município de Água Preta. Após onze anos na empresa foi transferido para a sede da Usina em Recife para ocupar a função de Caixa Executivo, mas nesse ínterim exerceu as funções de Encarregado Carteira Frete, Auxiliar Carteira Fiscal, Encarregado Carteira Fiscal e Mecanógrafo.

No ano de 1975, o grupo pernambucano Mendo Sampaio comprou a Usina Roçadinho na cidade de São Miguel dos Campos, no Estado de Alagoas. Logo, após a sua colação de grau, o agora advogado José Campos, recebeu um convite para assumir o setor jurídico desse grupo na Terra dos Caetés. 

De malas prontas, desembarcou na cidade de São Miguel dos Campos no início de 1980, se estabeleceu com sua família na Usina Roçadinho e passou a exercer as funções de Chefe de Escritório, Preposto e Advogado nas Juntas Trabalhista e Cartórios Cíveis. Desenvolveu uma grande amizade com José Gusmão de Araújo, ou simplesmente Zé Araújo, Gerente Geral da Usina Roçadinho.

Mas foi obrigado a se desligar dessa empresa em 1983, pois se tornou advogado autônomo atuando nas áreas trabalhista, cíveis e criminais. Período em que também passou a ministrar aulas de Direito, Legislação e Técnicas Comerciais no Colégio Mário Soares Palmeira. No início da década de 90 atingiu o apogeu profissional atuando em complexas causas trabalhistas e cíveis tal como em Tribunais de Júri. Foi o segundo presidente da 6ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em São Miguel dos Campos, sendo seu Presidente por dois mandatos consecutivos.
Campos ao lado do atual Ministro Humberto Martins e renomados advogados

Foi um advogado por excelência e a exerceu com denodo até na véspera do seu falecimento. Seu último ato foi uma Apelação junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas para discutir uma Ação Revisional de Juros de Contrato.

No dia 17 de setembro de 2015 foi inaugurada a Sala dos Advogados no Fórum Desembargador Moura Castro, mais precisamente das dependências do Juizado Especial. “Esta é uma justa homenagem e o reconhecimento de toda a classe a José Campos, que faleceu em julho deste ano e escreveu sua história com uma conduta sempre ilibada. Ele era um dos Advogados mais admirados da região”, disse o atual presidente da OAB - 6ª Subseção de São Miguel dos Campos, Dr. Aloisio Rosendo Júnior.


Vida pessoal: pai e esposo dedicado

Década de 70: Campos e Eliana, sua esposa
O ano de 1978 foi um ano inesquecível na sua trajetória, primeiro em dezembro, por sua colação de grau e segundo, por ter decidido subir ao altar com sua noiva, Eliana Cristina Lins da Silva, no dia 04 de fevereiro de 1978. Também enfrentou barreiras no início do relacionamento com sua esposa, pois sofreu com preconceito racial da família da então namorada porque sua esposa era de uma etnia diferente (caucasiana). Todavia, superaram juntos todas as dificuldades e conviveram até os últimos dias da sua vida. 

Da relação nasceram três filhos: Júlio César Lins Campos, Felipe José Lins Campos e Brandon Lins Campos e três netos: Davi César Silva Campos, Júlia Campos (na memória) e Benjamin Temóteo Lins Campos.

Ultimamente se dizia realizado por todos os filhos terem tido o privilégio de chegar a uma universidade. Júlio licenciado em matemática, Felipe bacharel em Direito e Brandon cursando Psicologia.


Vida espiritual: o Ensinador

Outro fato interessante da sua vida pessoal ocorreu no ano de 1998, até então era um cristão nominal com características gnósticas. Mas durante o desgastante processo oriundo de um cisma entre liberais e ortodoxos ocorrido na Igreja Evangélica Assembleia de Deus (IEAD) em São Miguel dos Campos,
ele se converteu ao cristianismo, na vertente protestante, na cidade do Roteiro, município de Alagoas.

O fato foi bem interessante porque ele estava com uma enfermidade nas cordas vocais que o impossibilitava de falar. Mas sem avisar foi buscar sua esposa na IEAD no município do Roteiro, após a reunião, a Dirigente do Círculo de Oração, que acompanhava um Promotor que foi o pregador da noite, perguntou se ele queria “aceitar a Jesus?”. Ele respondeu que já o tinha. Sabiamente a dirigente retrucou e disse: “Então podemos orar por sua voz?”. Imediatamente ele sinalizou que sim e ela pediu que ele se ajoelhasse. Após a oração, a pregadora insistiu: “E agora? Você quer aceitar a Jesus?” e ele respondeu: “O problema era ajoelhar, mas como já estou ajoelhado, sim”.

Com pouco tempo se tornou um arauto do Evangelho e defensor da fé. Nos últimos dezessete anos de vida, dividiu o sacerdócio da advocacia com a vocação de ensinador e aos cuidados com a família e amigos. 

Em 1999, batizado pelo Missionário Alberto Olímpio
Tornou-se auxiliar de trabalho, diácono e presbítero da sua igreja. Sempre com bastante simplicidade, moderação e humildade. Muitos ficavam admirados, porque mesmo com sua idade avançada, enfermidades e sobrepeso, fazia questão de ficar na porta de sua congregação recepcionando amigos e visitantes. Pastoreou (liderou) congregações como as localizadas na Usina Roçadinho, Hélio Jatobá I, Avenida Hélio Jatobá e Loteamento Hélio Jatobá III.

Sua personalidade era interessante, sempre teve um coração muito grande e era um pacificador por excelência, alcançando de todos os familiares e amigos uma espécie de referencial nos momentos de dificuldades, pois sempre tinha uma forma de resolvê-los.

Uma das frases mais pronunciadas pelos seus amigos foi: “Ele foi como um pai para mim”, devido a inúmeras pessoas que ajudou ao longo da vida sem esperar nada em troca, mas por causa do seu enorme coração. 

Um coração tão grande que parou de bater no dia 7 de julho de 2015, aproximadamente às 2h40m da manhã na Santa Casa de Misericórdia de São Miguel dos Campos.

Poucos dias antes do falecimento, tinha sonhando com muito ouro e comentado com sua esposa. Não tinha entendido bem o sonho, mas após a sua partida, todos entenderam que Deus já o tinha chamado, pois ouro, na tipologia bíblica, fala de divindade e realeza. 

Sua última oração, na véspera do seu falecimento, foi de agradecimento a Deus pelos filhos, esposa e netos e, mesmo sem forças, foi renovado e entoou um hino sacro intitulado "Avante, Servos de Jesus" o qual no último verso diz: "Cerrai fileiras, ó fiéis, sempre avançai; No céu coroas e lauréis, Jesus vai nos dar".

Em sua casa: Eliana, Aliete, Brandon, Campos, Júlio, Charles e Felipe
Dois detalhes curiosos, no dia do seu falecimento ninguém sabia, mas Deus já o havia agraciado com seu terceiro neto, que tinha apenas quinze dias de gerado, seu tamanho era aproximadamente de uma semente de gergelim; o segundo detalhe é que ele estava lendo (não chegou a concluir) o livro: A história do povo hebreu, do historiador Flávio Josefo.

O Rev. José Orisvaldo Nunes de Lima, que presidiu a cerimônia fúnebre declarou as realizações do presbítero como um ajudador da obra e resumiu: “A família ficou mais pobre, a igreja ficou mais pobre, mas hoje o céu está mais rico”.

16 de nov. de 2010

ÚLTIMA SAUDAÇÃO DE GUNNAR VINGREN

“Diga-lhes que vou feliz com Jesus e como um pai em Cristo, exorto todos a receberem a graça de Deus, que quer operar mais santidade e humildade para que possam receber os dons do Espírito Santo. Somente desta maneira a Igreja de Deus poderá estar preparada para a vinda de Jesus.” 
Gunnar Vingren, co-fundador das Igreja Evangélica Assembleia de Deus.

Sobre este blog

Aqui você encontrará notas, opiniões, pensamentos, biografias e algo mais sobre teologia pentecostal e assuntos atuais.