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24 de jul. de 2023

CLARITA, A MENINA MORDIDA POR DEMÔNIOS

 
Lestes Sumrall impondo às mãos em Clarita

Lester Sumrall (1913-1996) foi um proeminente pastor, evangelista e missionário pentecostal norte-americano. Ele fundou a LeSEA Broadcasting e ficou conhecido por seus esforços ministeriais globais, incluindo inúmeras viagens missionárias ao exterior. Sumrall escreveu mais de 130 livros e pregou em mais de 110 países. Seu trabalho impactante deixou um legado duradouro na comunidade cristã.


Em uma dessas viagens foi compungido pelo Espírito Santo para ir a capital das Filipinas, Manila. Assim que chegaram, Lester e Louise, sua esposa, receberam uma milagrosa provisão para comprar a terra e o hangar aeronáutico em terras filipinas, mas nessa provisão houve burocracia e ineficiência das autoridades da cidade, o que impossibilitava a obtenção das licenças de construção necessárias. Então, na mais estranha das circunstâncias, o Senhor escancarou a porta para a cidade de Manila.


O nome de Clarita Villanueva, uma garota de dezoito anos de idade, tornou-se, de repente, o mais conhecido em toda Manila. Programas de rádio por toda a cidade relataram a história horrível de uma jovem que fora presa por vadiagem. Ela estava trancada na Prisão Bilibid e gritava por acreditar que dois monstros invisíveis a mordiam o dia todo.


Para espanto dos policiais, guardas e médicos da prisão, havia, de fato, marcas de mordida em sua pele, com vergões vermelhos e sangramento, todas as vezes em que ela gritava. Mais de vinte e cinco pessoas, incluindo um capelão católico da prisão, disseram ter visto evidências de que ela havia sido mordida por seres invisíveis.


Entre lágrimas, Clarita descreveu as criaturas, dizendo: “Um alto, com a aparência de mau, escuro e vestido de preto; e o outro, baixo e angelical, com cabelo branco como a neve. Este último foi o que mais mordeu.”


Lester estava ouvindo um daqueles programas de rádio quando soube da horrível tortura da menina que gritava ao ser mordida por seres invisíveis. Muito afetado, ele se virou para Louise e gritou: “A menina não está doente e os médicos são impotentes contra tal inimigo. Seu grito é o grito do condenado; essa menina está possuída por demônios.”

Clarita e Lester Sumrall


Lester não conseguiu dormir na noite em que ouviu a transmissão de rádio. Ele orou continuamente para que o Senhor livrasse Clarita daquele tormento. 


Durante aquele tempo de oração, ele sentiu uma profunda convicção de que deveria visitar Clarita na prisão. Movido por um senso de propósito e determinação, Lester foi até as autoridades da prisão e explicou sua intenção de ajudar a jovem.


Apesar do ceticismo inicial, ele conseguiu permissão para se encontrar com Clarita. Ao vê-la, Lester ficou chocado com o estado dela. Ela estava pálida, cheia de medo e exausta pelo tormento contínuo. Determinado a ajudar, Lester começou a conversar com Clarita, oferecendo palavras de conforto e encorajamento.


Ele explicou que acreditava na existência de forças espirituais além do nosso entendimento e que estava lá para ajudá-la a lutar contra os demônios que a atormentavam. Juntos, eles começaram a orar fervorosamente, clamando pela proteção divina e pela libertação de Clarita.


Enquanto oravam, Lester sentiu uma presença poderosa e uma paz indescritível encherem a sala. No meio da oração, Clarita começou a tremer violentamente e a gritar. Lester, confiante na proteção divina, permaneceu firme e continuou orando com ainda mais fervor.


De repente, Clarita parou de tremer e soltou um suspiro profundo. Seu rosto, antes pálido e atormentado, se iluminou com uma expressão de alívio. Ela olhou para Lester com gratidão e disse: “Eles se foram. Os demônios se foram!


Aquela experiência foi um ponto de virada na vida de Clarita. Ela se recuperou completamente e nunca mais experimentou a mordida dos demônios invisíveis. A história de sua libertação se espalhou pela cidade, trazendo esperança e fé para muitos que ouviram falar do milagre.


Duas curiosidades é que um dos netos dos Sumrall atualmente é pastor da igreja fundada no terreno adquirido em Manila e a segunda é que esse fato gerou muitas produções cinematográficas. A  mais recente é uma produção filipina chamada “Clarita” de 2019. 


Filme inspirado em Clarita

A história de Clarita e sua libertação dos demônios invisíveis se tornou uma inspiração para muitos, mostrando que, mesmo nas circunstâncias mais sombrias, a fé e na presença divina podem trazer cura e libertação.

Referências: Generais de Deus. Ministérios  de Cura

20 de jul. de 2023

O HINO QUE EMBALOU O AVIVAMENTO DA RUA AZUSA

Frank Bottome

Sabemos que a chave para todo avivamento é a palavra de Deus, mas também é manifesto que o santo Deus habita entre louvores (Sl 22.3). Não há quem não tenha sido levado às lágrimas pela letra e a melodia de um hino específico. Podemos citar, por exemplo, o hino “Eu Navegarei”, que se tornou um clássico no meio pentecostal. 

No segundo livro dos Reis de Israel (2 Rs 3), nos chama a atenção a confederação de Reis que iriam morrer de sede no deserto de Edom após sete dias de marcha. Foi então que o Rei Josafá foi usado para indagar se não havia algum profeta naquelas cercanias para que fosse consultado e apontasse um caminho para a situação crítica. A resposta positiva veio por meio de um conselheiro do Rei Jorão que falou sobre o profeta Eliseu, filho de Safate (2 Rs 3.11). Mas, quando Eliseu olhou para o Rei de Israel (Jorão) ele ficou furioso porque ele era descendente do rei idólatra Acabe. O profeta só decidiu ajudar por respeito ao Rei Josafá. Mesmo com o coração endurecido, ele pediu que trouxessem um tangedor. Enquanto o harpista estava tocando, o poder de Deus veio sobre Eliseu e ele profetizou de forma gloriosa (2 Rs 3.15). 

No segundo testamento, no Evangelho escrito por João, nós lemos a declaração do próprio Jesus acerca do que move o coração do pai é a adoração em espírito e em verdade (Jo 4.23). 

Enfim, durante o período de avivamento da Rua Azusa, em Los Angeles, que durou de 1906 a 1909, houve um abundante derramar do Espírito Santo de Deus manifesto no exercício de dons espirituais, com inúmeros relatos de curas instantâneas, batismos no Espírito Santo e profecias. 

O escritor Silas Daniel, no livro “A história dos hinos que amamos”, relata que “a maioria dos hinos cantados vinha da tradição do Movimento da Santidade e que a ‘canção tema da Missão [da Fé Apostólica] era o hino The Comforter Has Come, de Frank Bottome”. Relata ainda que esse hino era um dos favoritos do pastor William Seymour e dos irmãos em Azusa. Frank Bottome foi pastor metodista que fez a letra do hino. A melodia, igualmente bela, foi composta pelo músico também metodista William Kirkpatrick. Em 1941, esse hino ganhou uma versão do pastor Paulo Leivas Macalão no hinário pentecostal assembleiano e passou a se chamar “O Bom Consolador”, que é o número 100. Abaixo seguem os vídeos com a versão original inglesa e a brasileira:

18 de jul. de 2023

O ENCONTRO DE TOMMY HICKS COM JUAN PERÓN

 

T. Hicks e Juan Perón

Tive contato com a biografia do evangelista norte-americano T. Hicks durante um sermão do Rev. José Orisvaldo Nunes de Lima no culto de doutrina no tempo sede da Assembleia de Deus em Alagoas e procurei conhecer um pouco mais sobre esse grande avivalista que incendiou a cidade Buenos Aires através de campanhas evangelísticas confirmadas com sinais. Não vou abordar tudo que aconteceu nos cinqüenta e quatro dias que ele visitou a capital argentina, mas apenas destacar seu encontro com o presidente argentino.

A visão

Enquanto orava, ele viu claramente um mapa da América do Sul coberto por um extenso campo de trigo amarelo, com os talos inclinados e prontos para a colheita. Enquanto contemplava aquele belo quadro de trigais sob o sol do meio-dia, os talos de trigo começaram a se transformar repentinamente em corpos humanos, homens e mulheres com as mãos levantadas, clamando: “Venha, irmão Hicks! Venha nos ajudar!”.

Desde esse momento, Hicks ficou convencido de que Deus lhe reservava uma tarefa especial na América do Sul. Por que na América do Sul? Ele não tinha nenhum conhecimento sobre aquela região do mundo, mas não tinha dúvidas sobre o mapa que tinha visto. Em seguida, enquanto continuava a orar Deus lhe deu uma profecia que ele escreveu na Bíblia: “Não cairão duas nevascas sobre a terra antes que você vá para esse país, pois você não irá por mar ou por terra, mas voará como um pássaro”.

Providência inicial

Assim que pôde, Tommy Hicks pagou todas as suas dívidas e fez os preparativos necessários para viajar para uma região desconhecida. Ele tinha pouquíssimo dinheiro, mas de repente começou a receber uma quantidade extraordinária de correspondência, grande parte dela com contribuições espontâneas. Em um período de dez dias, ele conseguiu o suficiente para comprar uma passagem só de ida para Buenos Aires, Argentina, e ficou com 47 dólares. Um grupo de amigos foi se despedir dele no Aeroporto Internacional de Los Angeles, dando-lhe uma doação adicional de 200 dólares para suas despesas.

“Quando parei para pensar - diz Hicks - parecia verdadeiramente ridículo estar indo para um país desconhecido, onde as pessoas nem sequer me conheciam e eu não falava o idioma. Tudo isso com poucos dólares no bolso. No entanto, no fundo da minha alma, eu me sentia em paz com Deus...”.

“Perón, Perón...” Na última parte do voo, depois de realizar várias reuniões evangelísticas em Temuco, Chile, o nome de Perón começou a surgir na mente de Hicks. Ele não tinha a menor ideia do que significava a palavra “Perón”, mas tinha uma profunda convicção de que Deus estava falando com ele. Então ele chamou a comissária de bordo e perguntou: “Você conhece alguém por aqui chamado Perón?” A jovem pareceu surpresa e respondeu: “Sim. O senhor Perón é o Presidente da Argentina.”

Hicks na Argentina

O mandato ficou claro para Hicks. Deus queria que ele falasse com o Presidente da nação. Os missionários com quem entrou em contato ao chegar na capital argentina aconselharam-no a não tentar conseguir uma entrevista com o Presidente. Eles duvidavam muito que ele a conseguisse. Além disso, temiam que ao se aproximar do escritório do Presidente, corresse o risco de ser preso.

Sem se intimidar, Hicks solicitou uma entrevista com Juan Domingo Perón. Depois de insistir em seu pedido, foi recebido no escritório do ministro das Relações Exteriores; mas parecia que não iria mais longe dali. Perón não podia receber mais visitantes naquele dia, pois esperava a visita do presidente do Panamá.

Deus abriu a porta

Então o secretário do ministro das Relações Exteriores entrou mancando no escritório. Sua perna esquerda estava machucada e seus músculos rígidos. Seu joelho também estava muito inchado e ele pediu permissão para ir para casa. Hicks sugeriu que orassem por ele. O secretário zombou dele, dizendo: “Mesmo que Jesus Cristo estivesse aqui, ele não poderia curar minha perna”. Tommy Hicks deu alguns passos em direção ao homem, ajoelhou-se e colocou suas mãos no joelho ferido. Então ele orou, pedindo a Deus que manifestasse seu poder. Hicks sentiu os músculos começando a relaxar. O secretário abriu muito os olhos, cheio de surpresa. A dor tinha desaparecido! Hicks se dirigiu ao ministro, que ficou como que em transe, e perguntou: “Posso ver o Presidente agora?”. “Eu mesmo o levarei”, respondeu o ministro, com um sorriso amigável.

Deus abriu a porta e preparou o caminho. O Presidente Perón foi cordial e afetuoso. No final da entrevista, ele deu um abraço em Hicks, agradeceu sinceramente sua visita e oraram juntos. Em seguida, Perón ordenou a seu assistente que desse a Hicks o que ele pedisse. O primeiro pedido que ele fez e lhe concederam foi o uso de um grande estádio e livre acesso à imprensa e à rádio do governo.

Avivamento argentino

Embora o evangelista Hicks estivesse principalmente ligado à União das Assembleias de Deus na Argentina, a campanha teve a adesão e participação ativa de praticamente todo o movimento pentecostal no país. É importante mencionar que outros grupos denominacionais não pentecostais, conjuntos e pastores em particular também se uniram completamente à atividade.

Primeiro, o evento foi realizado no estádio do Atlanta e depois no estádio do Huracán. A campanha ocorreu durante 54 noites, entre os meses de abril e junho de 1954. Na última etapa, estima-se que cerca de 300 mil pessoas compareciam a cada noite, o estádio do Huracán comportava na época 85 mil espectadores nas arquibancadas, além das pessoas no campo e ao redor do estádio. 

Estudos sobre a igreja revelaram a importância crucial que a campanha de Tommy Hicks teve em 1954 para a Igreja Evangélica na Argentina. Arno Enns, autor de um livro clássico de história eclesiástica da Argentina, descreveu a campanha de Hicks como “um evento soberano de Deus, de importância decisiva”.

O livro “Avanço evangélico na América Latina”, de grande influência, diz: “Muitos evangélicos da República Argentina, concordem ou não com a teologia de Hicks, admitem que suas reuniões quebraram a rígida resistência argentina ao testemunho evangélico”.

Os números definitivos podem variar, mas, no total, aproximadamente dois milhões de pessoas ouviram a mensagem das Boas Novas do Evangelho. 


30 de jan. de 2017

JENNIE EVANS MOORE SEYMOUR - PIONEIRA DO MOVIMENTO PENTECOSTAL

William e Jennie Moore
Antes do grande avivamento na história americana oriundo do movimento na Rua Azusa em 1906, Deus escolheu Jennie Evans Moore Seymour para participar dele.

Jennie é provavelmente a primeira mulher a falar em línguas em Los Angeles. Nasceu em Austin, Texas, em 10 de março de 1874, filha de Jackson e Eliza Moore

Jennie saiu da sua terra natal para procurar emprego em Los Angeles como criada. Depois ela começou a cozinhar para uma influente família branca que morava na Rua Bonnie Brae 217.

William J. Seymour chegou em Los Angeles em fevereiro de 1906, ele tinha saído da Holiness Church onde ele foi convidado para pregar. Depois começou seu ministério para um pequeno grupo de crentes na casa de Richard and Ruth Asberry na Rua Bonnie Brae 214. Na maioria das vezes eles adoraram com um grupo de afro-americanos, eventualmente brancos participavam também.

Jennie vivia próximo da rua e regularmente frequentava as reuniões. Ela tinha recebido uma visão de três cartões. Cada um tinha duas línguas escritas neles. Os seis idiomas foram francês, espanhol, latim, grego, hebraico e hindu.

Em 06 de abril de 1906, um homem chamado Edward Lee espontaneamente explodiu falando em línguas estranhas depois de Seymour ter orado por ele. Naquela noite Seymour testificou Lee falando em línguas mais uma vez, e os crentes foram compelidos a ficar de joelhos.

Jennie caiu no chão e imediatamente começou a falar nos seis idiomas que ela tinha visto nos cartões da sua visão. Cada recado em línguas foi interpretado em inglês. Depois disso, Jennie, que nunca tinha tocado piano antes, se dirigiu ao teclado e tocou o instrumento enquanto cantava em línguas.

O avivamento continuou e William Seymour alugou um armazém abandonado na Rua Azusa 312 e iniciou a Missão da Fé Apostólica. Os cultos continuaram durante os sete dias da semana por mais três anos.

Jennie continuou a tocar piano nos cultos e tornou-se uma evangelista, missionária e líder de louvor. Ela casou com Seymour em 13 de maio de 1908.

As reuniões continuaram na congregação da Rua Azusa até a morte de William Seymour em 28 de setembro de 1922. Jennie foi, segundo ela própria, “uma evangelista de poder e grandemente amada por todos”, “assumiu a liderança da igreja”.

Ela continuou se reunindo com fidelidade na sua casa situada na Rua Bonnie Brae até a saúde dela se deteriorar. Ela morreu em 2 de julho de 1936.

A casa em que Jennie morou e realizou culto é hoje um museu de propriedade da Igreja de Deus em Cristo. O piano que ela tocou debaixo de unção do Espírito ainda pode ser visto.



*Glenn Gohr (Livre tradução do inglês)

16 de nov. de 2010

ÚLTIMA SAUDAÇÃO DE GUNNAR VINGREN

“Diga-lhes que vou feliz com Jesus e como um pai em Cristo, exorto todos a receberem a graça de Deus, que quer operar mais santidade e humildade para que possam receber os dons do Espírito Santo. Somente desta maneira a Igreja de Deus poderá estar preparada para a vinda de Jesus.” 
Gunnar Vingren, co-fundador das Igreja Evangélica Assembleia de Deus.

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