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26 de jul. de 2023

EVANGELISMO POR FOGO: algumas estratégias evangelísticas

 


Algumas estratégias evangelísticas abordadas no livro "Evangelismo por Fogo" de Reinhard Bonnke:

No livro, Bonnke compartilha estratégias práticas para alcançar os não crentes com o evangelho. Aqui estão alguns aspectos-chave das estratégias evangelísticas mencionadas:

1. Adaptar-se ao público-alvo: Bonnke enfatiza a importância de adaptar a mensagem do evangelho às necessidades e à cultura específica de cada grupo de pessoas. Isso envolve entender as preocupações, as perguntas e as barreiras que eles enfrentam em relação à fé e abordá-las de maneira relevante.

2. Criar oportunidades: O autor encoraja os evangelistas a criar oportunidades para compartilhar o evangelho, seja por meio de eventos evangelísticos, programas de alcance comunitário, visitas a lares, encontros casuais ou outras formas de envolvimento pessoal. Ele destaca a importância de ser intencional e criativo na busca por oportunidades de compartilhar a fé.

3. Relacionamentos autênticos: Bonnke enfatiza a importância de desenvolver relacionamentos autênticos com as pessoas. Isso envolve mostrar interesse genuíno por suas vidas, ouvir suas histórias, demonstrar compaixão e cuidado. O objetivo é estabelecer conexões significativas que abram portas para compartilhar o evangelho de forma relevante.

4. Utilizar recursos apropriados: O autor incentiva o uso de recursos adequados para auxiliar no evangelismo, como materiais impressos, mídias digitais, testemunhos pessoais, recursos audiovisuais e literatura cristã. Esses recursos podem ajudar a transmitir a mensagem do evangelho de maneira clara e impactante.

5. Trabalhar em equipe: Bonnke destaca a importância de trabalhar em equipe e de envolver a comunidade cristã no evangelismo. Isso inclui igrejas locais, grupos de estudo bíblico, organizações missionárias e outros parceiros que podem se unir em esforços evangelísticos coletivos.

6. Sensibilidade ao Espírito Santo: O autor enfatiza a importância de estar sensível à orientação do Espírito Santo durante o evangelismo. Isso envolve ouvir a voz de Deus, seguir as direções divinas e responder prontamente às oportunidades e direcionamentos que Ele proporciona.

Essas estratégias evangelísticas destacadas por Bonnke fornecem insights práticos e orientações para aqueles que desejam compartilhar sua fé de maneira eficaz. Elas demonstram a importância de uma abordagem adaptável, relacionamentos genuínos e recursos apropriados, sempre em busca de oportunidades para compartilhar o evangelho de forma significativa e relevante.

25 de jul. de 2023

ISRAEL: como é a nova lei que tira poder da Suprema Corte?

Benjamin Netanyahu


O Parlamento de Israel aprovou nesta segunda-feira (24/7) um controverso projeto de lei que reduz o poder da Suprema Corte no país.

A decisão segue um intenso final de semana de protestos, que reuniram milhares de israelenses em Tel Aviv e próximo à sede do Knesset, o Parlamento do país, em Jerusalém, no sábado (22/07).

As manifestações começaram no início do ano, após o anúncio do gabinete de Benjamin Netanyahu sobre uma ampla reforma judicial. O projeto de lei aprovado hoje é um dos elementos centrais dessa proposta, que segundo a oposição coloca a democracia de Israel em risco. 

Com a reforma, a Suprema Corte não tem mais o poder de anular decisões governamentais ou ministeriais julgadas como "irracionais".

Já o governo argumenta que as medidas são necessárias para corrigir um desequilíbrio de poder que tem visto os tribunais intervirem cada vez mais nas decisões políticas nas últimas décadas.

O que é a nova lei?

O projeto de lei foi aprovado pelo Knesset por 64 votos a zero - a oposição boicotou a votação.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, compareceu ao Parlamento para a votação horas após receber alta do hospital após uma cirurgia não programada de coração no sábado.

A regulamentação trata do chamado "princípio de razoabilidade", recurso até então usado por tribunais para invalidar decisões do governo, incluindo nomeações e ações de Estado.

Em janeiro, por exemplo, a Suprema Corte recorreu ao mecanismo para determinar o afastamento do então número dois do governo, Aryeh Deri, devido a uma condenação anterior por fraude fiscal.

Israel não possui uma constituição federal escrita, por isso o "princípio da razoabilidade" era usado como uma medida de freio e contrapeso do Judiciário em relação a ações do governo ou Parlamento que poderiam ultrapassar os limites de atuação dessas instituições de Estado.

Segundo os críticos, com o deste mecanismo legal, Israel perde um instrumento de supervisão de Poderes.

Em pronunciamento no Knesset após a votação, o líder da oposição Yair Lapid chamou a medida de "uma tomada de poder por uma minoria extrema sobre a maioria israelense".

No entanto, o ministro da Justiça de Israel, Yariv Levin, parabenizou os parlamentares, dizendo-lhes: "Demos o primeiro passo em um processo histórico para corrigir o sistema judicial."

E o resto da reforma?

A lei aprovada faz parte de uma reforma mais ampla do Sistema Judiciário, que trata também de outros três principais pontos:

Permitir que o Parlamento rejeite decisões da Suprema Corte com maioria simples, ou seja, com 61 votos em um total de 120 deputados; Realizar mudanças no comitê responsável pela nomeação de todos os juízes do país, inclusive os integrantes da Suprema Corte, dando ao governo mais peso na escolha; Acabar com a obrigatoriedade de ministros cumprirem as recomendações dadas por seus assessores jurídicos - orientados pelo Procurador-Geral - atualmente prevista por lei.

De forma geral, a reforma diz respeito ao poder do governo versus o poder dos tribunais de escrutinar e até anular decisões do Governo. 

O governo - e outros - dizem que uma reforma como essa já deveria ter sido feita há anos, mas críticos dizem que as propostas vão muito além do que a população gostaria.

Protestos

As controversas reformas polarizaram Israel, desencadeando uma das mais graves crises domésticas da história do país.

Nesta segunda, o presidente de Israel alertou os líderes políticos que o país estava "em estado de emergência nacional".

Durante a manhã (horário local), manifestantes bloquearam uma avenida do lado de fora do Knesset, mas foram contidos com canhões de água e retirados da pista. Uma pessoa ficou ferida, segundo a imprensa local, e seis foram presas, disse a polícia. 

Um manifestante disse à BBC que estava desafiando a "ditadura". Questionado sobre quanto tempo continuaria em protesto, ele disse: "Nunca nos renderemos".

Outra, Reut Yifat Uziel, filha de um paraquedista retratado em uma famosa fotografia da Guerra dos Seis Dias de 1967, disse temer pelo futuro de seus filhos. "Netanyahu sequestrou o país e estou preocupada que se torne uma teocracia", disse ela.

Os manifestantes - dezenas de milhares dos quais marcharam cerca de 70 km de Tel Aviv a Jerusalém no final da semana passada - tentavam impedir a aprovação do primeiro projeto de lei do pacote de reformas.

Os protestos, porém, mobilizaram centenas de milhares de manifestantes que saíram às ruas semanalmente desde o início do ano.

Milhares de reservistas, incluindo pilotos da Força Aérea cruciais para as capacidades ofensivas e defensivas de Israel, também se juntaram ao movimento, afirmando que se recusariam a servir caso fossem convocados. 

A dissidência sem precedentes causou alarme sobre o impacto potencial na prontidão militar de Israel.

Ex-chefes dos serviços de segurança de Israel, membros do Judiciário e figuras jurídicas e empresariais proeminentes também se manifestaram contra as reformas. 

As medidas também foram criticadas pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que em seus comentários mais explícitos até agora pediu o adiamento do projeto de lei "divisivo".

Fonte: Portal Terra

24 de jul. de 2023

CLARITA, A MENINA MORDIDA POR DEMÔNIOS

 
Lestes Sumrall impondo às mãos em Clarita

Lester Sumrall (1913-1996) foi um proeminente pastor, evangelista e missionário pentecostal norte-americano. Ele fundou a LeSEA Broadcasting e ficou conhecido por seus esforços ministeriais globais, incluindo inúmeras viagens missionárias ao exterior. Sumrall escreveu mais de 130 livros e pregou em mais de 110 países. Seu trabalho impactante deixou um legado duradouro na comunidade cristã.


Em uma dessas viagens foi compungido pelo Espírito Santo para ir a capital das Filipinas, Manila. Assim que chegaram, Lester e Louise, sua esposa, receberam uma milagrosa provisão para comprar a terra e o hangar aeronáutico em terras filipinas, mas nessa provisão houve burocracia e ineficiência das autoridades da cidade, o que impossibilitava a obtenção das licenças de construção necessárias. Então, na mais estranha das circunstâncias, o Senhor escancarou a porta para a cidade de Manila.


O nome de Clarita Villanueva, uma garota de dezoito anos de idade, tornou-se, de repente, o mais conhecido em toda Manila. Programas de rádio por toda a cidade relataram a história horrível de uma jovem que fora presa por vadiagem. Ela estava trancada na Prisão Bilibid e gritava por acreditar que dois monstros invisíveis a mordiam o dia todo.


Para espanto dos policiais, guardas e médicos da prisão, havia, de fato, marcas de mordida em sua pele, com vergões vermelhos e sangramento, todas as vezes em que ela gritava. Mais de vinte e cinco pessoas, incluindo um capelão católico da prisão, disseram ter visto evidências de que ela havia sido mordida por seres invisíveis.


Entre lágrimas, Clarita descreveu as criaturas, dizendo: “Um alto, com a aparência de mau, escuro e vestido de preto; e o outro, baixo e angelical, com cabelo branco como a neve. Este último foi o que mais mordeu.”


Lester estava ouvindo um daqueles programas de rádio quando soube da horrível tortura da menina que gritava ao ser mordida por seres invisíveis. Muito afetado, ele se virou para Louise e gritou: “A menina não está doente e os médicos são impotentes contra tal inimigo. Seu grito é o grito do condenado; essa menina está possuída por demônios.”

Clarita e Lester Sumrall


Lester não conseguiu dormir na noite em que ouviu a transmissão de rádio. Ele orou continuamente para que o Senhor livrasse Clarita daquele tormento. 


Durante aquele tempo de oração, ele sentiu uma profunda convicção de que deveria visitar Clarita na prisão. Movido por um senso de propósito e determinação, Lester foi até as autoridades da prisão e explicou sua intenção de ajudar a jovem.


Apesar do ceticismo inicial, ele conseguiu permissão para se encontrar com Clarita. Ao vê-la, Lester ficou chocado com o estado dela. Ela estava pálida, cheia de medo e exausta pelo tormento contínuo. Determinado a ajudar, Lester começou a conversar com Clarita, oferecendo palavras de conforto e encorajamento.


Ele explicou que acreditava na existência de forças espirituais além do nosso entendimento e que estava lá para ajudá-la a lutar contra os demônios que a atormentavam. Juntos, eles começaram a orar fervorosamente, clamando pela proteção divina e pela libertação de Clarita.


Enquanto oravam, Lester sentiu uma presença poderosa e uma paz indescritível encherem a sala. No meio da oração, Clarita começou a tremer violentamente e a gritar. Lester, confiante na proteção divina, permaneceu firme e continuou orando com ainda mais fervor.


De repente, Clarita parou de tremer e soltou um suspiro profundo. Seu rosto, antes pálido e atormentado, se iluminou com uma expressão de alívio. Ela olhou para Lester com gratidão e disse: “Eles se foram. Os demônios se foram!


Aquela experiência foi um ponto de virada na vida de Clarita. Ela se recuperou completamente e nunca mais experimentou a mordida dos demônios invisíveis. A história de sua libertação se espalhou pela cidade, trazendo esperança e fé para muitos que ouviram falar do milagre.


Duas curiosidades é que um dos netos dos Sumrall atualmente é pastor da igreja fundada no terreno adquirido em Manila e a segunda é que esse fato gerou muitas produções cinematográficas. A  mais recente é uma produção filipina chamada “Clarita” de 2019. 


Filme inspirado em Clarita

A história de Clarita e sua libertação dos demônios invisíveis se tornou uma inspiração para muitos, mostrando que, mesmo nas circunstâncias mais sombrias, a fé e na presença divina podem trazer cura e libertação.

Referências: Generais de Deus. Ministérios  de Cura

7 de jul. de 2016

TRE-AL cassa mandato de deputado pastor por fazer campanha em igreja

Decisão contra Pastor João Luiz foi proferida nesta quinta; cabe recurso.
Até que o caso seja apreciado no TSE, ele permanece no cargo, diz TRE.

O deputado estadual Pastor João Luiz (PSC) teve o mandato cassado nesta quinta-feira (7), por decisão do pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), por fazer propaganda eleitoral na igreja que preside. Além disso, ele também fica inelegível por oito anos.

Ainda cabe recurso da decisão. Segundo o TRE, até que o caso seja apreciado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele deve permanecer no cargo.

A reportagem do G1 tentou contato com o deputado pastor João Luiz, mas as ligações caíram na caixa postal. Representantes da Igreja do Evangelho Quadrangular também não foram localizados para comentar as alegações do MPE.

De acordo com o TRE, investigações realizadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE-AL) apontam que durante a campanha de 2014, o pastor teria se beneficiado de sua condição de presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular para conquistar votos.

Além disso, ele também teria utilizado indevidamente meios de comunicação e abusado do poder econômico, o que teria desequilibrado a igualdade entre todos os candidatos.

Para o relator do processo, desembargador José Carlos Malta Marques, João Luiz realizou forte propaganda eleitoral dentro da igreja e utilizou eventos religiosos para a divulgação de sua candidatura.

Não há dúvida que ocorreu abuso do poder econômico quando da utilização da igreja, templo e demais espaços, para a realização de inúmeros atos de campanha, atraindo um sem número de fiéis eleitores, entrelaçado com o uso abusivo dos meios de comunicação, pois não há dúvidas que a realização destes eventos no espaço da igreja, devido à grande quantidade de fiéis, transformou-se num poderoso meio de difusão das propostas de campanha, dada a enorme capacidade de manipulação dos líderes religiosos perante seus seguidores, afirmou o desembargador em seu voto.

O mandato do deputado foi cassado por seis votos a um. O único a se posicionar contrário foi o desembargador eleitoral Gustavo Gomes, que julgou a ação improcedente por considerar que faltam elementos que comprovem que a igreja teria sido utilizada na campanha do pastor, e que a mobilização dos fieis em relação à candidatura dele teria sido apenas a manifestação das vontades dessas pessoas.

Fonte: Globo.com

Meus comentários:

Falei quase que profeticamente sobre o perigo dessa relação (política e igreja) na minha última postagem. Hoje essa é a notícia do dia em Alagoas.

9 de out. de 2013

COMO REDUZIR A CORRUPÇÃO? (Parte I)

As propostas apresentadas pela Presidência da República ao Congresso Nacional para promover a Reforma Política não passam de engodo, um artifício barato e mais imoral que a própria corrupção brasileira. Tal como a sugestão de plebiscito para aprová-la, não passa de uma “cortina de fumaça” para encobrir a corrupção e a ineficiência da gestão política petista.
A Presidência enfatizou que seria apenas “algumas ideias” para o Congresso Nacional amadurecer, todavia duvido que esse produza ideias melhores do que as do Executivo Federal.
Por outro lado, a onda de mudança na sociedade brasileira influenciou até mesmo a campanha política legislativa da esquerda Argentina. Tivemos a oportunidade de ver três propostas ousadas e de difícil possibilidade de serem aprovadas… Seja na Argentina ou no Brasil. Vejamos:
a) Obrigatoriedade que políticos e sua família usem serviços públicos
É muito raro ver algum político em repartições públicas a não ser na inauguração de determinado setor e, quando isso ocorre, o funcionamento da repartição pública está “maquiado”. Imaginemos se projetos como o do Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) fossem aprovados e os filhos dos políticos fossem obrigados por lei a estudar em escolas públicas. Imaginemos ainda o ex-Presidente Lula tratando de sua séria enfermidade no hospital público que ele mesmo inaugurou em Pernambuco e o classificou como hospital de referência. Além do mais, iria ser até mesmo cômico na reunião de pais e mestres, ao invés dos professores cobrarem a participação dos pais na escola e na educação dos filhos, creio que os pais e professores cobrariam a participação dos pais-políticos na melhoria estrutural das escolas.
b) Que políticos ganhem o mesmo que professores
A atual vereadora por Maceió Heloísa Helena (P-SOL-AL) certa vez afirmou que: “os políticos tratam o teto de sua remuneração como piso e o piso dos servidores públicos como teto”. Agora se esses mesmos políticos ganhassem o mesmo que os professores e houvesse uma vinculação no reajuste ocorreriam duas revoluções, a da melhoria do salário dos professores e, somada a proposta anterior, consequentemente, a revolução da educação. Certamente dessa vez o nosso país mudaria para melhor.
c) A perda do cargo do político que prometer e não cumprir.
Quem não se lembra das promessas de acabar com os marajás ou mesmo de nomear mil militares por ano em Alagoas. Ambas não se cumpriram, mas os políticos que as proferiram se elegeram com o voto popular.
Mesmo com a mudança do perfil do eleitorado, infelizmente, até os dias de hoje, os eleitores tendem a preferir nas urnas um candidato que prometa – mesmo que não haja possibilidade de cumprir a sua promessa – que um candidato que seja realista, “pé-no-chão” e diga que fará aquilo dentro de sua possibilidade. Esse último discurso não é empolgante e não “gera” votos. Mas se houvesse uma lei punindo com a perda de cargo os políticos que prometem e não cumprem, muitos iriam pensar duas vezes antes de falar o que não podem cumprir.
Na próxima postagem apresentaremos mais mecanismos para reduzir a corrupção.
Siga-me: @FelipeJLCampos

5 de out. de 2013

A Revolta do Busão

O Brasil vive um momento histórico. Mais de um milhão de pessoas foram às ruas para protestar, inicialmente, contra o aumento das passagens de ônibus nas principais cidades brasileiras, mas a indignação das pessoas com o poder público estava tão elevada que outros temas entraram na (imensa) pauta de reinvindicações.
Devido à essa múltipla demanda os analistas políticos tiveram uma certa dificuldade de entender o fenômeno e o porquê da revolta. Na realidade o que os brasileiros querem é mudança, pois ninguém aguenta mais falta de saúde, educação e segurança somados a péssima prestação de serviço público e a farra nababesca de “nossos” representantes políticos. Até então alheios a indignação popular.
Em princípio os políticos menosprezaram o movimento devido aos seus múltiplos objetivos o que tendenciava enfraquecê-lo. Ocorre que essa é, na verdade, a força desse movimento popular.
Tivemos o prazer de marchar nas ruas de Maceió com as aproximadas 30 mil pessoas (apesar dos dados oficiais reduzirem esse número) e contemplamos de perto a força de um movimento legítimo, puro e heterogêneo.
Tal como muitos que estavam lá, podemos até não concordar com a totalidade das demandas exibidas nos cartazes, mas não deixaremos de nos juntar ao grito das ruas que querem mudança e respeito.
Hoje o movimento tende a se fortalecer a cada nova demanda conquistada, pois como num passe de mágica, despertamos do sono e percebemos o que já expunha nossa Lei Maior: “todo poder emana do povo”.
Afinal, #VerásQueUmFilhoTeuNãoFogeALuta

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Há exatamente 100 anos, mais precisamente no Ceará, tivemos a queda da oligarquia dos Acciolis, então liderada pelo comendador Antônio Pinto Nogueira Accioli, que governou o estado de forma autoritária e monolítica entre 1896 e 1912. Será que temos motivos para comemorar essa queda?

Em pleno período de efervescência eleitoral, Alagoas está repleta de “novos” nomes da política, o que nos chama a atenção é a quantidade de “filhotes” políticos oriundos de um sistema mesquinho e autoritário conhecido como “coronelismo”.

Esse brasileirismo surgiu durante a República Velha, como uma forma de poder político exercido na figura dos grandes fazendeiros, que podavam o poder de escolha dos eleitores, uma vez que os seus subordinados eram “obrigados” a votar no próprio coronel ou na pessoa por ele indicada com medo de represálias, já que o voto não era secreto. Não precisamos de muito esforço intelectual para saber que, na maioria dos casos, essa pessoa é alçada do seio familiar do coronel.

Em um primeiro momento, não vemos nada de mais em alguém vocacionado para atividade política submeter seu nome ao pleito eleitoral, mesmo que na sua família já tenha algum político. O grande problema, no nosso sentir, é quando se constrange alguém a participar do processo eleitoral apenas pelo seu sobrenome.

Nesse último caso fica claro que o projeto é pessoal e não político, transformando, como veremos nas propagandas eleitorais, alguns sobrenomes políticos em uma verdadeira franquia com “know-how” de como se manter e se locupletar no poder.

Há um século o poder dos Acciolis se foi, mas nos legou dois flagelos: o neocoronelismo e o filhotismo. No próprio Ceará temos a franquia Gomes, na Bahia temos a Magalhães, no Maranhão temos a Sarney e em Alagoas são tantas que temos que dividir por regiões: na zona da mata temos a Calheiros, no litoral norte temos a dos Beltrões e na grande Maceió temos várias, mas as mais fechadas são a Amélio e a Holanda.

Como vimos ainda há muito que evoluirmos para que a nossa democracia seja de fato efetivada e, o que mais nos entristece, é saber que os neocoronéis não usam o poder da chibata dos seus jagunços, mas encontram força na alienação política dos nossos eleitores. Mas, a mudança só depende de nós.

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15 de jul. de 2010

SOCIEDADE, PODER E CULTURA NO BRASIL


Os noticiários têm se avolumado de denúncias de corrupção na estrutura do poder. Essas manchetes sensacionalistas são efusivamente exploradas pela mídia e depois sepultadas pelo tempo ou por outro escândalo da moda. Recentemente alguns setores da sociedade tem se mobilizado e criado movimentos contra a corrupção no poder, mas os corruptos são oriundos da própria sociedade que também o elege periodicamente. Será que a corrupção é algo inerente a própria sociedade brasileira?

Vislumbramos denúncias severas no Judiciário, no Legislativo e igualmente do Executivo, em grandes empresas, mas também no cotidiano de muitos, desde a sonegação fiscal ao pedido a um “amigo do amigo” para facilitar o trâmite de algum procedimento administrativo ou judiciário.

A nação do samba, do carnaval e do futebol é conhecida pela caricata figura do malandro e do famigerado “jeitinho brasileiro”. Qual funcionário público, em especial os que exercem o poder de polícia, não ouviu a famigerada frase: “Você sabe com quem está falando?”. Reforçando mais uma vez a ideia de que há algo errado nos valores da sociedade brasileira.

É inegável que além da notável inversão de valores, está se expandido uma espécie de elasticidade da ética. Até instituições que até pouco tempo eram ícones da moral, bons costumes e valores, como Ministério Público, Judiciário e Igreja têm tido sua imagem maculada por líderes inescrupulosos. E o que é pior, às vezes pessoas ligadas a essas instituições, mesmo com provas cabais do cometimento de crimes hediondos não só aceitam essas condutas como saem na defesa de verdadeiros criminosos.

Alguns desses líderes populistas são verdadeiros anti-heróis, se vestem de uma couraça de paladinos na justiça e defensores dos fracos e oprimidos, mas na verdade os seus interesses são egoísticos e pessoais: aquinhoar a maior quantidade possível de bens e dinheiro. O que fazer diante desse quadro tão caótico?

O primeiro passo já está sendo dado, é de suma importância a mobilização e organização da sociedade em movimentos contra a corrupção, a prova disso é a aprovação, mesmo que tímida, do projeto conhecido como “ficha limpa”. Igualmente, necessitamos de uma renovação na estrutura do poder com a escolha de cidadãos altruístas, de conduta ilibada, comprometidos com a ética e com o sepultamento da cultura do “jeitinho brasileiro”.

Felipe J. L. Campos

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