4 de jan. de 2011
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29 de dez. de 2010
VIOLÊNCIA URBANA EM ALAGOAS*
O Brasil está encerrando o ano de 2010 com aproximadamente 50.000 homicídios, índices comparáveis a regiões em guerra declarada, e o pior, sem uma perspectiva de melhoria ou de novas políticas.
Dentre os Estados da federação mais violentos, Alagoas, proporcionalmente, lidera esse ranking. Este ano, o Paraíso das Águas encerrará com mais de 2.000 homicídios e as principais vítimas são os adolescentes e os jovens.
São diversos os fatores da explosão da violência urbana em Alagoas, a ausência de uma política de segurança específica para combater a criminalidade, a falta de investimento do governo do Estado em Segurança Pública, a desastrada política peessedebista de desvalorização do funcionalismo público, extinção da secretaria de esportes e principalmente a falta de uma cultura pacifista em nosso Estado.
Sobre essa última causa, lembro-me que estava assistindo o filme Lisbela e o Prisioneiro e em determinado momento do longa, o pistoleiro Frederico Evandro saca uma arma e grita: “eu sou alagoano”, denotando a sua natureza aguerrida e a plateia entra em delírio com a afirmação da personagem vivida por Marco Nanini.
Apesar de ser uma comédia, a plateia deveria ter refletivo sobre a afirmação da personagem e entender que quem hoje vibrou com aquela cena, amanhã serão aquelas mesmas pessoas que em momento de estresse agride seu cônjuge ou quiçá perde o controle em uma discussão de trânsito.
Além do mais, enquanto os jovens e adolescentes não passarem a repudiar atitudes agressivas ou de idolatrar os bad boys da TV, ficará difícil combater eficazmente a violência no país. Até mesmo no episódio do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, a população equivocadamente vibra com o assassinato de traficantes que chefiavam o tráfico naquelas cercanias.
Ora, “violência gera violência” isso é mais que um singelo provérbio, é um princípio universal, no caso do Complexo do Alemão, se a implantação da Unidade de Polícia Pacificadora não for acompanhada de uma forte política de redução de risco em todo o país, haverá tão somente uma migração da criminalidade, ou seja, os criminosos que conseguiram escapar, já terão o know how para arregimentar um novo exército de pequenos traficantes e atuar em outros Estados. Se de fato, uma parte desses criminosos, estão em Alagoas como foi amplamente noticiado, os neo-traficantes vão “deitar e rolar” com o nosso amadorismo tupiniquim em fazer Segurança Pública.
É tanta omissão que parece que a nossa política de segurança pública é deixar que os traficantes se matem até que não haja mais jovens para o tráfico arregimentar. Entre produzir a faxina ética através das milícias e essa omissão deliberada, eu não sei qual é a mais repugnante! Ambas são um atentado à dignidade da pessoa humana e assim, estamos tolhendo amiúde o mais basilar dos direitos humanos: a vida.
Um grande passo seria utilizar uma pequena parte dos quase 15 milhões que foi gasto em propaganda governamental para difundir a cultura da paz em nosso Estado, somados a investimentos corretos na Segurança Pública, seria a solução a curto prazo para mitigação da criminalidade que nos assola. A longo prazo, não há ideias mirabolantes ou reinvenção da roda, necessitamos de educação de qualidade, que passa, tal como na Segurança Pública, com investimento na estrutura física e salários condignos com esses ofícios tão nobres.
É triste saber que enquanto há categorias da Segurança Pública que estão há quatro anos sem aumento do já pífio salário, a Casa de Tavares Bastos, aprovou um aumento salarial para eles próprios de mais de 100%! Isso dói na alma! Até quando ficaremos inertes diante de tanta violência e falta de escrúpulos?
* Artigo publicado no portal saomiguelweb e baseado em pesquisa apresentada como requisito para aprovação na disciplina de Noções de Sociologia da Violência ministrada pela Profa. Msc. Regina Lopes.
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24 de dez. de 2010
É CORRETO OU NÃO CELEBRAR O NATAL?
Pelo Rev. José Orisvaldo Nunes de Lima*
I – PORQUE CELEBRO O NATAL
01 – Porque as Santas Escrituras nem ordenam nem proíbem que seja celebrado e segundo entendemos, pecado é a transgressão das ordens divinas e como não há ordem divina proibindo Natal, nada impede que o celebremos.
02 – Celebro o Natal porque os piedosos anglicanos do século XVI diziam: “O que não é contra as Escrituras é pelas Escrituras e as Escrituras por elas”.
03 – Celebro o Natal porque os santos reformadores do século XVI o celebraram com muito fervor e alegria: Lutero, Calvino, Melancton, Teodoro Beza, Zwinglio, etc.
04 – Celebro o Natal porque os maiores avivalistas usados por Deus na história da igreja o celebraram: O Conde Zinzendorf do avivamento morávio, João Wesley, Charley Finney, George Wittefield, Charles Spurgeom, Moody, etc.
05 – Celebro o Natal porque os nossos pais pentecostais o celebraram com grande zelo: Daniel Berg, Samuel Nystron, Joel Carlson, Nels Nelson, Otton Nelson bem como todos os pastores que os sucederam, tais como Antônio Rego Barros, Gustavo Arne Jonhanson, Juvenal Pedro da Silva, Manoel Pereira Lima e outros em nosso estado e por esse mundo à fora.
06 – Celebro o Natal porque para Gunnar Vingren, o pioneiro-mor do Movimento Pentecostal Brasileiro, era o culto de mais alegria e também em que mais se alegrava e manifestava os dons espirituais.
07 – Celebro o Natal, porque nesse dia, através dos cultos especiais muitas almas foram salvas e muitos crentes foram batizados no Espírito Santo.
08 – Celebro o Natal porque na década de 1980 em um culto de Natal na igreja do Pr. David Yonggi Cho na Coréia, o culto começou pela manhã, emendou com a noite e milhares de crentes foram batizados no Espírito Santo, provando Deus que se agrada desse trabalho natalino.
09 – Celebro o Natal e aprecio seu dia festivo com comidas especiais pois a Bíblia diz que em dias festivos de muita alegria é lícito “comermos as gorduras e bebermos as doçuras e também enviar porções aos que não tem nada”, como nos dias de Neemias. Ne 8.10. Portanto é bíblico fazer banquetes em dias de alegria.
10 – Celebro o Natal e aprecio o clima de confraternização e os presentes que são trocados entre amigos, pois isto é bíblico, a Bíblia diz que nos dias de muita alegria o povo de Deus presenteavam uns aos outros como nos dias de Ester. Et. 9.22. Assim sendo há fundamento bíblico para presentearmo-nos em datas festivas. Observe que nas festas dos judeus se mandavam presentes para os pobres. Jo 13.29. Portanto esse costume é bíblico e saudável.
11 – Celebro o Natal por ser o fato do nascimento de Jesus, o dia mais importante da humanidade e lembro-me que era eu criança em 21 de julho de 1969 quando os americanos puseram pela primeira vez os pés na lua e o evento foi transmitido pelas TVs preto e branco da época. O presidente Nixon entusiasmado bradou: “Hoje é o dia mais importante da história”. O evangelista Billy Graham estava ao seu lado e o repreendeu imediatamente dizendo: “Perdoe-me excelência, mais o dia mais importante da história ocorreu há cerca de 2.000 anos atrás quando Deus pôs os pés na terra sobre a manjedoura de Belém”.
12 – Celebro o Natal apesar de saber que não se conhece exatamente o dia do nascimento de Jesus. Para mim pouco importa a data, mas sim a celebração e o sagrado fato de o Filho de Deus ter se feito carne e vindo até nós.
13 – Celebro o Natal porque este acontecimento foi profetizado por muitos profetas desde o principio do mundo. É um dos assuntos mais badalados do Antigo Testamento. O próprio Deus anunciou este dia quando disse que o Messias viria da semente da mulher. Gn 3.15. Creio que o cumprimento de uma profecia de tão grande dimensão deve ser celebrado com alegria.
14– Celebro o Natal porque sem Natal não haveria Calvário, nem túmulo vazio e conseqüentemente ninguém seria salvo. Assim: Glória a Deus pelo Natal!
15 – Celebro o Natal de forma bíblica e espiritual, se alguém celebra o Natal de forma errada e abusiva eu não tenho culpa, é problema do tal. Apego-me ao jargão latino que diz: “O abuso não tolhe o uso.”
16 – Celebro o Natal porque foi um evento tão magno que fez a corte angelical descer para a esfera terrestre e formar um lindo coral nos céus de Belém. Isto foi inédito!
17 – Celebro o Natal porque foi o único evento na história que fez uma estrela mudar a órbita para indicar o local onde o Santo menino estava. Nunca antes ocorrera tal coisa!
II – SOBRE OS QUE JÁ NÃO CELEBRAM O NATAL
Ultimamente uma parcela dos evangélicos “descobriu” que quem celebra o Natal está celebrando uma festa pagã do deus mitra que era celebrada em Roma cada 25 de dezembro em comemoração do nascimento do deus sol. Dizem que quem celebra o Natal de Jesus, está firmando uma aliança com as trevas e dando legalidade a Satanás para atuar em suas vidas.
Quero esclarecer aos leitores que se formos cortar de nossa fé tudo que tem um correlato pagão vamos até ter que rasgar nossas Bíblias.
Observe: O grande teólogo Agostinho dizia que Satanás é o “Simius imitatio Dei.” Traduzindo do latim: “Satanás é o macaco imitador de Deus”. Assim sendo não é a Bíblia, nem a fé nem as práticas cristãs que imitam Satanás, mas sim, Satanás que qual macaco quer imitar as coisas de Deus para confundir.
Vejamos alguns exemplos:
1 – Satanás sabia que Jesus nasceria de uma virgem que morreria e ressuscitaria. Pois é, muito antes de Cristo, no paganismo babilônico, criou-se a lenda de que, a deusa Semíramis foi mãe sendo virgem e dela nasceu o deus Tamuz que morreu no inverno e ressuscitou na primavera.
2 – Muito antes de Cristo vir ao mundo todas as religiões pagãs tinham uma tríade de deuses imitando a santa doutrina da Trindade que é comum a todos os cristãos.
3 – Em quase todas as religiões pagãs se oferecem sacrifícios cruentos aos deuses (ou seja, sacrifício com derramamento de sangue) coisa esta que foi estabelecida por Deus no Velho Testamento e que findou no sacrifício de Cristo.
4 – Jesus instituiu a Santa Ceia para que participássemos do seu corpo e do seu sangue. Mas, não só os cristãos têm cerimônia com alimentos, às religiões pagãs também as têm.
5 – Desde os primórdios que a pomba é aceita pelos cristãos como símbolo do Espírito Santo. Recentemente o paganismo da Nova Era adotou a pomba como um dos seus símbolos.
6 – Muitas igrejas evangélicas têm as palmas (aplausos) como parte da sua liturgia e a Bíblia não proíbe tal prática, mas a história nos mostra que nos cultos pagãos os gregos batiam palmas para atraírem a atenção dos deuses em seus cultos.
7 – Os que condenam o Natal como festa pagã celebram seus aniversários com bolos revestidos de glacê branco e velinhas acesas, mas desconhecem que tal prática originou-se no paganismo dos celtas: o bolo representa a deusa lua e a luz das velas o seu brilho.
8 – Os que condenam o uso do pinheiro natalino dizem que os pagãos adoravam o pinheiro e assim afirmam que o mesmo é um apetrecho idólatra, mas esquecem de que em Oseías 14.8 o próprio Deus se compara a um pinheiro (Na ARC escreve-se faia). Se condenarmos o pinheiro porque os pagãos o tinham como sagrado, vamos amaldiçoar e cortar todas as jaqueiras do mundo, pois os da magia negra fazem sacrifícios sob as mesmas, dizendo que uma entidade sagrada nelas habita.
9 – Os que condenam o Natal como festa pagã são apaixonados pelas olimpíadas e esquecem ou talvez a ignorância os impede de saber, que as primitivas olimpíadas eram jogos em homenagem aos deuses pagãos. A expressão olimpíadas vem de “Olimpo” que na mitologia grega era a morada dos deuses.
10 – Quando Deus fez uma aliança com Noé deu o arco como sinal entre Ele e a humanidade, hoje o arco íris é símbolo oficial da comunidade homossexual.
11 – Grande parte dos evangélicos, inclusive os que dizem ser o Natal uma festa pagã falam línguas, mas hoje em dia pessoas idólatras também falam línguas.
12 – Muitos evangélicos desses grupos que dizem que o Natal é coisa diabólica usam em seus templos a chamada “estrela de Davi”. Curioso é que os da magia negra usam esse mesmo símbolo nos seus trabalhos de feitiçaria e o chamam de símbolo de Salomão.
Só nos resta agora dizer a célebre frase de Carlos Drummond de Andrade: “E agora José? !”
Vamos deixar de crer no nascimento virginal, na morte e ressurreição de Jesus?
Vamos deixar de crer no Pai, no Filho e no Espírito Santo?
Vamos rasgar as páginas da Bíblia que falam em sacrifícios com derramamento de sangue?
Vamos deixar de celebrar a Ceia do Senhor?
Vamos acabar com o simbolismo da pomba?
Os que batem palmas em seus cultos vão deixar de fazê-lo?
Os que são apaixonados por olimpíadas vão desligar a televisão nos próximos jogos de 2012?
Vamos proibir de falar línguas nas Igrejas?
Os devotos da estrela de Davi vão arrancá-la de seus templos?
Será rasgada a página da Bíblia que fala do arco íris?
Portanto, eu não posso deixar de celebrar o Natal de Jesus. Se o diabo tinha um paralelo imitando o Natal cristão é problema dele.
Eu não vou deixar de crer na Trindade, no nascimento virginal de Cristo, no sacrifício cruento de Jesus, nem deixar de celebrar a Santa Ceia só porque o diabo tem algo semelhante nas religiões pagãs.
Não sou eu, nem meus irmãos cristãos que o estamos imitando. Ele é quem é o imitador.
Se assim fora, todos os cristãos de língua anglo saxônica seriam idólatras, pois na língua deles todos os dias da semana têm o nome de um deus pagão. Por exemplo, em inglês sábado é Saturday (dia de saturno), domingo Sunday (dia do deus-sol), etc. Mas o que são esclarecidos sabem que nem o sábado, nem o domingo, nem as plantas, nem nada neste mundo é dos deuses ou dos demônios mas todas as coisas pertencem ao Senhor pois o salmista disse: “Do Senhor é a terra e tudo que nela há” Sl 24.1.
Curioso é que esses novos grupos estão deixando de celebrar o Santo Natal, estão, nessa data, celebrando uma festa judaica chamada CHANUKAH ou festa das luzes e curioso é que esta festa nada tem haver com a Bíblia, mas é baseada no livro não inspirado pelo Espírito Santo chamado de Macabeus, um dos livros apócrifos que não são aceitos nem pelos judeus nem pelos evangélicos, mas que essas igrejas recentes estão adotando. Curioso! Celebram uma festa que nada tem haver com a Bíblia e rejeitam o Natal que está claramente na Bíblia! Nas tais igrejas na dita festa do CHANUKAH, colocam na plataforma do púlpito um castiçal de 09 braços e fazem uma novena acendendo uma vela à cada noite. Mas vamos deixar isso para lá. Qualquer semelhança com o paganismo é mera coincidência!
Notável é que essa tal festa da CHANUKAH é baseada em lendas e fábulas de velhas judias como nos disse o apóstolo Paulo em 1 Tm 4.7 e 2 Tm 4.4.
Que pena que a falta de conhecimento campeia em muitos desses novos grupos religiosos que surgem a cada dia. É como disse o apóstolo Paulo com os simplórios dos seus dias... “Nada sabem, mas deliram acerca de questões e contendas de palavras das quais nascem invejas, porfias; blasfêmias, ruins suspeitas, contendas de homens corruptos de entendimento e privados da verdade cuidando que a piedade seja causa de ganho: aparta-te dos tais.” I Tm 6.4,5.
Assim sendo, celebre o Natal com alegria e diga com os anjos: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra e boa vontade para com os homens”. Lc. 2.14.
Com muita convicção abracemo-nos uns aos outros e com lágrimas de gratidão a Deus digamos: “Feliz Natal”!
*É lider da AD de São Miguel dos Campos-AL e Vice-presidente da COMADAL
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Rev. José Orisvaldo Nunes de Lima,
TEOLOGIA
22 de dez. de 2010
SEGURANÇA PÚBLICA: TRUCULÊNCIA OU INTELIGÊNCIA?
Quem nunca ouviu em discursos inflamados ou até mesmo em conversas informais, declarações do tipo: “bandido bom é bandido morto”, ou ainda: “bandidecos vão sentir o peso da minha mão”. Essas declarações denotam no mínimo duas vertentes: primeira, apologia ao crime, condutas puníveis pelo nosso Código Penal e, segunda, ao qual quero crer, desconhecimento em “políticas de gestão em segurança pública” (esta expressão vai ser muito usada).
A nossa Carta Magna, mais precisamente, no artigo 144, traças apenas as linhas mestras sobre Segurança Pública no Brasil. Não vou entrar nos avivados debates sobre esse artigo (pelo menos por enquanto), mas apenas trazer algumas breves lições, a maior de todas é que os atores responsáveis pela aplicação da lei, antes de repressores, têm que ser humanistas difusores da dignidade humana.
Na década de 90, em países como a Holanda, por exemplo, os gestores que iam fazer cursos na área de segurança, se assustavam ao chegar naqueles rincões e observar que o órgão que mais promovia os direitos humanos eram as entidades policiais. Pasmem! A consequência dessa política aplicada há décadas nos países baixos é que recentemente, como foi divulgado na grande mídia: estão sobrando vagas nos presídios... É, eu não escrevi errado, estão sobrando vagas nos presídios e a grande celeuma é saber se transformam os antigos presídios em museus ou em escolas. Como queria que no Brasil o problema fosse apenas esse.
Abro parênteses para afirmar, ainda que muitos tenham por utopia: sonho no dia em que os presídios brasileiros serão fechados e transformados em escolas, os agentes penitenciários em professores e os demais servidores aproveitados em cargos afins.
Já em Alagoas, mas precisamente no conjunto Selma Bandeira em Maceió, a polícia promotora dos direitos humanos, conhecida como polícia comunitária, que na verdade é uma filosofia, foi implantada e já começou a render bons frutos. O único problema das Bases de Polícias Comunitárias (BPC) é que elas são eficazes até onde os governos quiserem que elas sejam eficazes. Não há um planejamento a longo prazo, nem um continuísmo com a mudança de governo, que aliás é um dos fundamentos da nossa democracia. A solução para que as boas políticas não cessem seria a aprovação de planos plurianuais que obriguem os novos governadores a seguir as políticas de segurança pública pré-estabelecidas.
Abordamos apenas uma das facetas para a redução da criminalidade e, é claro, não daria para esgotar o tema aqui. Mesmo assim, adianto alguns pontos e desde já respondo por tabela as afirmações estapafúrdias inicias. Segurança pública não se faz com truculência, “munhecada” ou mais violência, e sim com inteligência; tão pouco com instinto, “achismo” ou amadorismo, mas com técnica. Por outro lado, não se faz com laxismo, frouxidão ou boa vontade – apenas, senão com rigor, legalidade e investimentos.
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14 de dez. de 2010
NÃO SOU CRACK
Durante minha adolescência, tive a grata oportunidade de andar pelas ruas da terra dos caetés, sem a preocupação de ter meus bens tomados de assalto por criminosos ou de ter a vida dos meus amigos tolhidas pela criminalidade relacionada ao crack.
Sou de uma geração na qual o único constrangimento do assalto era ofertar uma prenda, mas para uma festa entre amigos e que o craque era apenas um jovem bom de bola (coisa que eu nunca fui). Época áurea em que os participantes de quadrilha eram dançarinos de pacíficas festas juninas e que o sentimento aguerrido era observado apenas historicamente nos primeiros habitantes dessas cercanias. O mesmo aconteceu aos miguelenses que aplicavam esse sentimento ousado para vencer as limitações de uma época difícil e ganhar notoriedade nos mais diversos setores do conhecimento, como por exemplo, Visconde de Sinimbú (Polivalente), Dr. Aguinaldo Machado (Medicina), Moura Castro e Iramilton Leite (Direito), Nunila Machado (Pedagogia) entre outros.
Há uma preocupação com a atual avalanche da criminalidade, problema que tem tirado a paz da população brasileira e, segundo a mais recente pesquisa IBOPE, ela é o terceiro assunto de maior preocupação de todos os brasileiros, especialmente quando é analisada a região nordeste, essa preocupação é mais acentuada.
Infelizmente, a má gestão de políticas em segurança pública na maioria dos entes federativos, somados à falta de investimento no social, conseguiram transformar o “país tropical” no país das tropas, o “paraíso das águas” no paraíso das armas e, consequentemente, a “terra dos caetés” numa verdadeira zona de guerra.
Corrijo-me, pior que uma zona de guerra, pois nas guerras militares, o território é limitado e as vítimas são homens preparados para a atividade bélica, mas na nossa guerra civil, a qual somos obrigados a participar, as vítimas são adolescentes e jovens que estão sucumbindo para um poderoso inimigo que destrói vidas e fomenta a violência: o crack. Esse crack não é oriundo dos campos de “pelada”, tão pouco das escolinhas de futebol ou de qualquer outro esporte, e sim da borra da cocaína.
Qual é o papel das escolas e das igrejas na contenção da violência? Será que realmente o esporte pode tirar os jovens dos perniciosos vícios e trazê-los para o caminho da paz? Será que nossas atuais políticas em segurança pública são eficazes? Ou mais, qual é o papel de cada um, e principalmente, dos gestores na prevenção e repressão da criminalidade?
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