As propostas apresentadas pela
Presidência da República ao Congresso Nacional para promover a Reforma Política
não passam de engodo, um artifício barato e mais imoral que a própria corrupção
brasileira. Tal como a sugestão de plebiscito para aprová-la, não passa de uma
“cortina de fumaça” para encobrir a corrupção e a ineficiência da gestão
política petista.
A Presidência enfatizou que seria
apenas “algumas ideias” para o Congresso Nacional amadurecer, todavia duvido
que esse produza ideias melhores do que as do Executivo Federal.
Por outro lado, a onda de mudança
na sociedade brasileira influenciou até mesmo a campanha política legislativa
da esquerda Argentina. Tivemos a oportunidade de ver três propostas ousadas e
de difícil possibilidade de serem aprovadas… Seja na Argentina ou no Brasil.
Vejamos:
a) Obrigatoriedade que políticos e sua família usem serviços públicos
É muito raro ver algum político
em repartições públicas a não ser na inauguração de determinado setor e, quando
isso ocorre, o funcionamento da repartição pública está “maquiado”. Imaginemos
se projetos como o do Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) fossem aprovados e os
filhos dos políticos fossem obrigados por lei a estudar em escolas públicas.
Imaginemos ainda o ex-Presidente Lula tratando de sua séria enfermidade no
hospital público que ele mesmo inaugurou em Pernambuco e o classificou como
hospital de referência. Além do mais, iria ser até mesmo cômico na reunião de
pais e mestres, ao invés dos professores cobrarem a participação dos pais na
escola e na educação dos filhos, creio que os pais e professores cobrariam a
participação dos pais-políticos na melhoria estrutural das escolas.
b) Que políticos ganhem o mesmo que professores
A atual vereadora por Maceió
Heloísa Helena (P-SOL-AL) certa vez afirmou que: “os políticos tratam o teto de
sua remuneração como piso e o piso dos servidores públicos como teto”. Agora se
esses mesmos políticos ganhassem o mesmo que os professores e houvesse uma
vinculação no reajuste ocorreriam duas revoluções, a da melhoria do salário dos
professores e, somada a proposta anterior, consequentemente, a revolução da
educação. Certamente dessa vez o nosso país mudaria para melhor.
c) A perda do cargo do político que prometer e não cumprir.
Quem não se lembra das promessas
de acabar com os marajás ou mesmo de nomear mil militares por ano em Alagoas.
Ambas não se cumpriram, mas os políticos que as proferiram se elegeram com o
voto popular.
Mesmo com a mudança do perfil do
eleitorado, infelizmente, até os dias de hoje, os eleitores tendem a preferir
nas urnas um candidato que prometa – mesmo que não haja possibilidade de
cumprir a sua promessa – que um candidato que seja realista, “pé-no-chão” e
diga que fará aquilo dentro de sua possibilidade. Esse último discurso não é
empolgante e não “gera” votos. Mas se houvesse uma lei punindo com a perda de
cargo os políticos que prometem e não cumprem, muitos iriam pensar duas vezes
antes de falar o que não podem cumprir.
Na próxima postagem apresentaremos
mais mecanismos para reduzir a corrupção.
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