28 de jul. de 2023

UMADENE

A Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado de Alagoas sediará, no próximo mês de agosto, a AGO e a EBO




DIA 2 DE AGOSTO ÀS 18H30 - CULTO DE ABERTURA

Preletor: Pr. José Wellington Costa Júnior

Cantores: Emerson Pedrosa - São Paulo

Ivonaldo Albuquerque - Recife

Banda Filadélfia - Maceió

Banda Louvores de Sião

DIA 3/08 - MANHÃ - ESTUDO BÍBLICO

Palestrantes:

Pr. José Wellington Costa Júnior - Presidente da CGADB

Pr. José Carlos de Lima - Presidente da UMADENE

Pr. Virginio José de Carvalho Neto - AD Sergipe

TARDE - ESTUDO BÍBLICO

Palestrantes:

Pr. João Gonçalves Mendes- Presidente da CONADEC

Pr. José Orisvaldo Nunes de Lima - Pres. da AD Alagoas e COMADAL

NOITE

Preletor: Pr. Genival Bento

Cantores: Emerson Pedrosa

Ivonaldo Albuquerque

Dupla de 5 - Alagoas

DIA 04/08 - MANHÃ - 9H00 - AGO

Devocional - Pr. Valdomiro Pereira da Silva

ENCERRAMENTO - 12H00

PEDRAS MEMORIAIS

 


27 de jul. de 2023

A PRAIA DESERTA NA QUAL OTTO NELSON FOI SALVO DA MORTE

Piscinas naturais de Maragogi


Tivemos a oportunidade de ler a obra “Despertamento apostólico no Brasil”, organizado por Ivar Vingren, filho de Gunnar e Frida Vingren, que consiste em uma coletânea de relatos dos missionários suecos que desbravaram o Brasil. Durante a leitura, três fatos curiosos relatados pelo missionário Otto Nelson despertaram a atenção de todos, vejamos:

Por um verdadeiro milagre, escapei com vida em novembro de 1924. Tinha viajado dois dias, de Maceió a um lugar para fazer culto, e, ao chegar, tarde da noite, a casa foi rodeada por uma multidão de homens meio nus e embriagados, os quais me levaram a mim e aos crentes para fora e começaram a maltratar-nos. Bem longe da civilização, numa praia deserta junto ao mar, onde não havia outras testemunhas senão a Lua e as estrelas que nos olhavam suavemente, fui rodeado por 30 homens armados com paus e facas, gritando contra mim como feras. Cumpriu-se a palavra de Jesus que disse: "Como ovelhas no meio de lobos". Não tinha muita esperança de escapar com vida. Não pensava muito em mim mesmo neste momento, mas sim na minha esposa e minhas três filhas, em Maceió. - Que seria delas se me matassem? Na minha aflição clamei ao Senhor que me ajudasse. Louvado seja o seu nome, Ele é um Deus vivo que ouve as nossas orações. A resposta veio. Da maneira mais gloriosa Deus nos arrancou das garras dos lobos. Certamente Jesus tinha mais alguma coisa para eu fazer. Não terminara o meu tempo de trabalho (VINGREN, p. 69).

Como podemos perceber, nossa primeira curiosidade é saber onde era essa praia deserta; segundo, como o evangelho de Cristo chegou até essa localidade e, finalmente, entender como se deu esse maravilhoso livramento uma vez que o missionário não deu detalhes.


Maragogi: de praia deserta a balneário

Graças aos presbíteros, Júnior Galdino e Gedilson Silva Oliveira, que publicaram o livro “História da Assembleia de Deus em Maragogi”, após um amplo trabalho de pesquisa e entrevista a pioneiros da obra de Deus no litoral norte alagoano, descobrimos que essa localidade é um povoado da cidade de Maragogi chamado de “Ponta do Mangue” e que o culto foi realizado em uma pequena residência de taipa, coberta por palhas, portas de madeira e chão de terra batida, cedida amorosamente por um dos irmãos que tinha sido alcançado pelo trabalho de evangelização. 



Vale ressaltar que, apesar de um trabalho de origem tão simples, hoje Maragogi é uma cidade linda, um verdadeiro balneário visitado por turistas de todas as partes do mundo, e que aproximadamente 40% da população local se declara evangélica, fato do qual todos os crentes maragogienses se orgulham. 


Evangelização pioneira

Quebrando toda lógica humana, o instrumento usado por Deus para essa obra tão grandiosa obra foi a senhora Damiana da Silva, conhecida por irmã Zóia. Falo de impossibilidade humana porque Damiana era mulher, negra, iletrada, pobre, filha de escravos, todavia cheia do Espírito Santo. Ela foi a primeira pessoa batizada com Espírito Santo no culto das Assembleia de Deus no estado de Alagoas, realizado no bairro chamado de Trapiche da Barra, em 25 de agosto de 1915.  

Ela se tornou uma incansável missionária enfrentando todas as suas dificuldades pessoais e o preconceito que grassava na época. Seu ímpeto missionário nunca a permitiu desanimar; após quatro anos evangelizando a capital alagoana, Maceió “ficou pequena” e o Espírito Santo a direcionou para o litoral norte do estado, sendo ela quem “pela primeira vez em 1919 anunciou o evangelho pentecostal em solo maragogiense” (GALDINO; OLIVEIRA, p. 74). No livro “A história das Assembleias de Deus no Brasil” (2023, p. 179), Emílio Conde discorre sobre o progresso do evangelho pentecostal, em 1936, para o interior do estado de Alagoas e cita diversas localidades, entre elas Ponta do Mangue. Considerando que o litoral norte alagoano é uma das áreas com o maior população evangélica, entendemos que aquela pequena semente plantada pela irmã Zóia prosperou abundantemente e se tornou uma igreja saudável com uma imensa chama missionária responsável por essa maravilhosa expansão.

Damiana da Silva


Hoje, o deslocamento de Maceió, por meio rodoviário, é de 135 km e dura aproximadamente duas horas. Em 1924, o próprio missionário Otto Nelson, em seu relato, informa que sua viagem durou dois longos dias. Mas pasmem, a irmã Zóia fazia todo esse percurso a pé, saía apenas com uma bolsa com poucas peças de roupa, uma bíblia, um hinário, pouquíssimo dinheiro, mas o coração transbordando de poder! Não há como sequer estimar quantos dias duravam essa viagem missionária.

Praia de Ponta do Mangue nos dias atuais


Após cinco anos de continuo evangelismo, formou-se um pequeno grupo de crentes no povoado Ponta do Mangue, as informações chegaram até Otto Nelson em Maceió, que de forma alegre se dirigiu ao povoado para participar do culto do dia 24 de novembro de 1924, provavelmente na casa da irmã Maria Emília Rodrigues e de sua Bisavó dona Iaiá, segundo a senhora Lenira Valetin Santana (GALDINO; OLIVEIRA, pp. 79, 80).

Como lido no relato acima, apesar da imensa alegria dos irmãos, a população do povoado, em uma manifesta demonstração de intolerância religiosa, o missionário Otto Nelson foi agredido fisicamente e ameaçado de morte por trinta homens embriagados, portando varapaus e facas.


Fugindo das garras dos lobos

No último parágrafo do relato, o missionário informa que Deus falou que ele seria entregue “como ovelhas no meio de lobos”. Ele não entra em muitos detalhes, mas menciona que orou, que Deus ouviu sua oração e que de maneira gloriosa o arrancou das garras dos lobos, dos homens ferozes e armados. Infelizmente, não há maiores detalhes de como se operou esse grande milagre.

Apesar disso, vale muito a pena  todo o livro “História da Assembleia de Deus em Maragogi” (GALDINO; OLIVEIRA, 2023) pois nele encontraremos detalhes riquíssimo acerca do início humilde dessa obra até os dias atuais, passando pela biografia de todos os líderes e vários testemunhos lindos de livramentos e manifestação do poder de Deus.

Referências:

CONDE, Emílio. A história das Assembleias de Deus no Brasil. CPAD, Rio de Janeiro, 2023.

GALDINO, Júnior; OLIVEIRA, Gedilson Silva. História da Assembleia de Deus em Maragogi. Editora Lopes: Campinas, 2023.

VINGREN, Ivar. Despertamento apostólico no Brasil. CPAD: Rio de Janeiro, 1987.

26 de jul. de 2023

EVANGELISMO POR FOGO: algumas estratégias evangelísticas

 


Algumas estratégias evangelísticas abordadas no livro "Evangelismo por Fogo" de Reinhard Bonnke:

No livro, Bonnke compartilha estratégias práticas para alcançar os não crentes com o evangelho. Aqui estão alguns aspectos-chave das estratégias evangelísticas mencionadas:

1. Adaptar-se ao público-alvo: Bonnke enfatiza a importância de adaptar a mensagem do evangelho às necessidades e à cultura específica de cada grupo de pessoas. Isso envolve entender as preocupações, as perguntas e as barreiras que eles enfrentam em relação à fé e abordá-las de maneira relevante.

2. Criar oportunidades: O autor encoraja os evangelistas a criar oportunidades para compartilhar o evangelho, seja por meio de eventos evangelísticos, programas de alcance comunitário, visitas a lares, encontros casuais ou outras formas de envolvimento pessoal. Ele destaca a importância de ser intencional e criativo na busca por oportunidades de compartilhar a fé.

3. Relacionamentos autênticos: Bonnke enfatiza a importância de desenvolver relacionamentos autênticos com as pessoas. Isso envolve mostrar interesse genuíno por suas vidas, ouvir suas histórias, demonstrar compaixão e cuidado. O objetivo é estabelecer conexões significativas que abram portas para compartilhar o evangelho de forma relevante.

4. Utilizar recursos apropriados: O autor incentiva o uso de recursos adequados para auxiliar no evangelismo, como materiais impressos, mídias digitais, testemunhos pessoais, recursos audiovisuais e literatura cristã. Esses recursos podem ajudar a transmitir a mensagem do evangelho de maneira clara e impactante.

5. Trabalhar em equipe: Bonnke destaca a importância de trabalhar em equipe e de envolver a comunidade cristã no evangelismo. Isso inclui igrejas locais, grupos de estudo bíblico, organizações missionárias e outros parceiros que podem se unir em esforços evangelísticos coletivos.

6. Sensibilidade ao Espírito Santo: O autor enfatiza a importância de estar sensível à orientação do Espírito Santo durante o evangelismo. Isso envolve ouvir a voz de Deus, seguir as direções divinas e responder prontamente às oportunidades e direcionamentos que Ele proporciona.

Essas estratégias evangelísticas destacadas por Bonnke fornecem insights práticos e orientações para aqueles que desejam compartilhar sua fé de maneira eficaz. Elas demonstram a importância de uma abordagem adaptável, relacionamentos genuínos e recursos apropriados, sempre em busca de oportunidades para compartilhar o evangelho de forma significativa e relevante.

25 de jul. de 2023

ISRAEL: como é a nova lei que tira poder da Suprema Corte?

Benjamin Netanyahu


O Parlamento de Israel aprovou nesta segunda-feira (24/7) um controverso projeto de lei que reduz o poder da Suprema Corte no país.

A decisão segue um intenso final de semana de protestos, que reuniram milhares de israelenses em Tel Aviv e próximo à sede do Knesset, o Parlamento do país, em Jerusalém, no sábado (22/07).

As manifestações começaram no início do ano, após o anúncio do gabinete de Benjamin Netanyahu sobre uma ampla reforma judicial. O projeto de lei aprovado hoje é um dos elementos centrais dessa proposta, que segundo a oposição coloca a democracia de Israel em risco. 

Com a reforma, a Suprema Corte não tem mais o poder de anular decisões governamentais ou ministeriais julgadas como "irracionais".

Já o governo argumenta que as medidas são necessárias para corrigir um desequilíbrio de poder que tem visto os tribunais intervirem cada vez mais nas decisões políticas nas últimas décadas.

O que é a nova lei?

O projeto de lei foi aprovado pelo Knesset por 64 votos a zero - a oposição boicotou a votação.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, compareceu ao Parlamento para a votação horas após receber alta do hospital após uma cirurgia não programada de coração no sábado.

A regulamentação trata do chamado "princípio de razoabilidade", recurso até então usado por tribunais para invalidar decisões do governo, incluindo nomeações e ações de Estado.

Em janeiro, por exemplo, a Suprema Corte recorreu ao mecanismo para determinar o afastamento do então número dois do governo, Aryeh Deri, devido a uma condenação anterior por fraude fiscal.

Israel não possui uma constituição federal escrita, por isso o "princípio da razoabilidade" era usado como uma medida de freio e contrapeso do Judiciário em relação a ações do governo ou Parlamento que poderiam ultrapassar os limites de atuação dessas instituições de Estado.

Segundo os críticos, com o deste mecanismo legal, Israel perde um instrumento de supervisão de Poderes.

Em pronunciamento no Knesset após a votação, o líder da oposição Yair Lapid chamou a medida de "uma tomada de poder por uma minoria extrema sobre a maioria israelense".

No entanto, o ministro da Justiça de Israel, Yariv Levin, parabenizou os parlamentares, dizendo-lhes: "Demos o primeiro passo em um processo histórico para corrigir o sistema judicial."

E o resto da reforma?

A lei aprovada faz parte de uma reforma mais ampla do Sistema Judiciário, que trata também de outros três principais pontos:

Permitir que o Parlamento rejeite decisões da Suprema Corte com maioria simples, ou seja, com 61 votos em um total de 120 deputados; Realizar mudanças no comitê responsável pela nomeação de todos os juízes do país, inclusive os integrantes da Suprema Corte, dando ao governo mais peso na escolha; Acabar com a obrigatoriedade de ministros cumprirem as recomendações dadas por seus assessores jurídicos - orientados pelo Procurador-Geral - atualmente prevista por lei.

De forma geral, a reforma diz respeito ao poder do governo versus o poder dos tribunais de escrutinar e até anular decisões do Governo. 

O governo - e outros - dizem que uma reforma como essa já deveria ter sido feita há anos, mas críticos dizem que as propostas vão muito além do que a população gostaria.

Protestos

As controversas reformas polarizaram Israel, desencadeando uma das mais graves crises domésticas da história do país.

Nesta segunda, o presidente de Israel alertou os líderes políticos que o país estava "em estado de emergência nacional".

Durante a manhã (horário local), manifestantes bloquearam uma avenida do lado de fora do Knesset, mas foram contidos com canhões de água e retirados da pista. Uma pessoa ficou ferida, segundo a imprensa local, e seis foram presas, disse a polícia. 

Um manifestante disse à BBC que estava desafiando a "ditadura". Questionado sobre quanto tempo continuaria em protesto, ele disse: "Nunca nos renderemos".

Outra, Reut Yifat Uziel, filha de um paraquedista retratado em uma famosa fotografia da Guerra dos Seis Dias de 1967, disse temer pelo futuro de seus filhos. "Netanyahu sequestrou o país e estou preocupada que se torne uma teocracia", disse ela.

Os manifestantes - dezenas de milhares dos quais marcharam cerca de 70 km de Tel Aviv a Jerusalém no final da semana passada - tentavam impedir a aprovação do primeiro projeto de lei do pacote de reformas.

Os protestos, porém, mobilizaram centenas de milhares de manifestantes que saíram às ruas semanalmente desde o início do ano.

Milhares de reservistas, incluindo pilotos da Força Aérea cruciais para as capacidades ofensivas e defensivas de Israel, também se juntaram ao movimento, afirmando que se recusariam a servir caso fossem convocados. 

A dissidência sem precedentes causou alarme sobre o impacto potencial na prontidão militar de Israel.

Ex-chefes dos serviços de segurança de Israel, membros do Judiciário e figuras jurídicas e empresariais proeminentes também se manifestaram contra as reformas. 

As medidas também foram criticadas pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que em seus comentários mais explícitos até agora pediu o adiamento do projeto de lei "divisivo".

Fonte: Portal Terra

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