10 de jul. de 2010

O PROBLEMA DAS POLÍTICAS E DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL

Recentemente o país tem sido assolado por uma forte onda de violência desencadeada por fatores como pobreza, desemprego, marginalização e principalmente pela falta de política de segurança pública condizente com o contexto sócio cultural brasileiro.

Após o fim do regime de exceção e retorno da democracia, a segurança pública continuou a ser liderada pelos antigos gestores que deram continuidade ao modelo ditatorial. Esse modelo é caracterizado pelo abuso de poder, mitigação ou abolição de garantias constitucionais e muitas vezes atentados contra vida de pessoas consideradas inimigas do estado.

Atualmente, tenta-se implementar na atual gestão nacional de segurança pública a chamada política de redução de risco, que consiste basicamente em enfrentar o problema da criminalidade reduzindo os fatores de risco. Essa política surgiu na Europa, quando uma série de especialistas tratou de uma forma inovadora o problema do tráfico e uso de heroína. Ao invés de continuar prendendo o usuário e, consequentemente, lotando os presídios, passaram a fornecer para esses usuários seringas descartáveis para reduzir a contaminação de inúmeras doenças com o compartilhamento da mesma seringa.

Outros especialista em segurança pública têm defendido a implementação no Brasil da tolerância zero norte americana. Essa política foi adotada a primeira vez na cidade de Nova Iorque pelo então promotor de justiça Rudolph Giuliani, que conseguiu tirar a big apple do ranking de uma das cidades mais violentas para umas das mais seguras do mundo. Como o próprio léxico denota, essa política consiste em tratar com rigor toda infração a título pedagógico. Foram punidos desde pequenos arruaceiros até criminosos de colarinho branco. Por não tolerar nem os arruaceiros que quebravam janelas, essa política também é chamada de broken windows (janelas quebradas).

Afinal, qual será a melhor política a ser adotada no Brasil para se ter a redução da criminalidade e efetividade da segurança pública? A redução de risco tem se mostrado ineficaz, pois a nação do samba, do carnaval e do futebol conhecida pela caricata figura do malandro e do famigerado “jeitinho brasileiro” não se assemelha à cultura européia. O excesso de garantias e direitos legais ao criminoso, somados a morosidade do Judiciário e a falta de investimento nas polícias tem denotado uma espécie de frouxidão legal e que no Brasil, o crime compensa. Já a política de tolerância zero, se não for bem aplicada e se seus ideais forem distorcidos, as polícias podem confundir rigor com truculência, por ainda se ter resquícios de um regime totalitário na nossa recente história.

O que realmente precisamos para melhoria da segurança pública no Brasil, independente da política adotada, é de celeridade processual, contínua formação humanística e maciços investimentos na execução penal e nas polícias com a melhoria salarial e uso de novas e eficazes tecnologias.

Felipe J. L. Campos

9 de jun. de 2010

TEOLOGIA - Quando o desejo de glória nos embriaga

O desejo de ser famoso no mundo ministerial é muito grande, haja vista os grandes conflitos no meio cristão para se chegar ao ápice. Há obreiros que enganam, machucam e se colocam como grandes investidores do sucesso pessoal para chegarem ao poder. Querem crescer diante dos homens e esquecem do que o apóstolo Pedro fala em 2 Pd 3.18.

Baruque era um obreiro fiel a Jeremias: obediente (Jr 32.13), fiel escriba (Jr 36.4), era um verdadeiro arauto (Jr 36.13), cuidava dos negócios de Jeremias (Jr 32.10), registrava fielmente as palavras de Jeremias (Jr 36.4) e lia suas palavras (Jr 36.8). Mas por que tudo isso? Esperava se amparar na fama e sucesso do profeta, consequência: ficou frustado. Jerusalém foi destruída e o profeta desacreditado pelo rei, porém aprovado como profeta de Deus.

Você que tem uma chamada de Deus, confie no Senhor, não trabalhe com, ou por alguém, pensando no sucesso pessoal, faça pela obra de Deus, pois ele te dará uma recompensa. Muitos, no dia do arrebatamento, estarão diante do Senhor com obras de palha, madeira e feno, cuja recompensa será única e exclusivamente ver todo o seu trabalho da vanglória e do egoísmo ser queimado pelo fogo. Fuja da vanglória, trabalhe pensando em agradar e exaltar ao senhor Jesus Cristo, assim, serás exaltado por Deus nas eras intermináveis da eternidade.

Postado pelo presbítero Almir Barbosa no ebdjatiuca.blogspot.com

teojesus@bol.com.br

TEOLOGIA - Dez passos para que a igreja volte a ser igreja

1 Invista o dinheiro dos dízimos e ofertas na manutenção da obra. Boas instalações, som potente e de qualidade, iluminação adequada, banheiros limpos e etc. Invista com liberalidade na assistência social, evangelização, discipulado e escolas bíblicas.

2 Conceda oportunidade a homens vocacionados por Deus, mesmo que não sejam loquazes ou famosos. Negue oportunidade aos não vocacionados, artistas de púlpitos e políticos. Quanto aos últimos, se quiserem falar, conceda oportunidade apenas após o fim do culto para quem quiser ouvir. Os liderados têm obrigação de votar, mas não a de participar de comícios. Tem liberdade de escolher seu representante e faculdade de revelar seu voto. Além do mais, a melhor campanha é feita fora dos púlpitos e não nos púlpitos.

3 Viva a transparência cristã. É de interesse de todos os liderados a prestação de todas. Acabe com os atos secretos. A verdadeira igreja clama por transparência: “Mas todos nós, com a cara descoberta, (2 Co 3.18a)”

4 Use a rede de informações unicamente para pregar o evangelho de Cristo e testemunhar Seu poder, jamais para desabafar ou para outros fins escusos.

5 Publique apenas material de coerente conteúdo bíblico, mesmo que não sejam bestsellers. Visando a ampliação do reino de Cristo e não o lucro.

6 Ore e jejue muito antes da ordenação de auxiliares ou separação de ministros. Pedindo a Deus que revele a Sua vontade e que para que não sejas levado pela amizade, afinidade ou consaguineidade.

7 Trate cada pessoa, por mais simples que seja, dentro das possibilidades, como tratas os líderes mais renomados. Não espere nada em troca dessas pessoas, Deus é o galardoador.

8 Aplique os ensinos bíblicos, especialmente no aconselhamento cristão, analisando os fatos e não as pessoas, jamais analise o valor dos dízimos.

9 Não misture evangelho com política ou finanças, são assuntos afins. O evangelho é um puro vinho sem misturas.

10 Tenha o ouvido aguçado para ouvir correções e atitude cristã para buscar a transformação do entendimento, arrependimento e mudança.

Felipe J. L. Campos

4 de jun. de 2010

TEOLOGIA - Dez passos para um regime totalitário eclesiástico

1 Gaste dinheiro comprando alguns líderes, mesmo que isso custe endividamento e cheques sem fundos.

2 Afaste os líderes pensantes de alta estirpe e reputação, que não se vendem. Se incomodarem demais, ao invés de atacar suas ideias, ataque a pessoa, distorcendo fatos e maculando suas imagens.

3 Omita dos liderados os fatos negativos praticados pela liderança e dê ênfase as “boas ações”, que são na verdade são deveres cristãos.

4 Crie uma rede de informações com rádios, TV’s e jornais para propalar interesses pessoais. Lembrando-se de retratar pessoas com ideias divergentes do regime como inimigos e esqueça-se do inimigo real: satanás.

5 Venda livros de conteúdo dúbio, para financiar o regime, mesmo se houver heresia.

6 Estabeleça o “nepotismo eclesiático”. Afinal, o regime tem que ter sucessores.

7 Viva o ufanismo: “Denominação, ame-a ou deixe-a”

8 Conceda privilégios a uns e aplique o legalismo a outros. Consagre o dois pesos, duas medidas.

9 Faça do altar de Deus uma plataforma política, lance seu filho candidato ou melhor, lance-se candidato, mesmo que para isso tenha que fazer alianças espúrias.

10 Viva um faz de conta, como se tudo estivesse como num mar de rosas, menosprezando as opiniões contrárias, mesmo que tenha respaldo bíblico. Não reconheça erros nem busque corrigi-los.

Felipe J. L. Campos

27 de mai. de 2010

EVANGÉLICA, MARINA SILVA NÃO TEM APOIO DA ASSEMBLEIA DE DEUS

A Assembleia de Deus, maior igreja pentecostal do Brasil, com 8,4 milhões de fiéis segundo o Censo de 2000, não apoiará a pré-candidata à presidência da República Marina Silva (PV). "O fato de ser evangélica e candidata não é suficiente para a igreja apoiá-la", afirmou o pastor Joel Freire, que trabalha como missionário da Assembleia de Deus nos Estados Unidos.

Filho de José Wellington - presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB) e suplente de Orestes Quércia (PMDB) -, Freire ressalta que Marina precisaria de "outros atributos", como ser "conhecida pela comunidade evangélica e provar que poderia ser presidente".

Evangélica desde 1997, Marina Silva é filiada à Assembleia de Deus, que possui uma estrutura complexa. A igreja, cuja origem data da década de 10 em Belém do Pará, é divida em centenas de ministérios. Divergentes entre si, eles mantêm pouca unidade política e ideológica e, provavelmente, não terão o mesmo candidato nessas eleições. Apesar de não revelarem abertamente a escolha, é quase certo que o eleitorado evangélico se dividirá entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), tendendo mais para o tucano.

"As pessoas votam, cada vez mais, a partir da preocupação instrumental, do que dá fruto, do resultado imediato", afirmou Gedeon Alencar, especialista em ciência da religião e presbítero da dissidente Igreja Assembleia de Deus Betesda em São Paulo. Ele observa ainda que será diferente essa eleição: "Os evangélicos vão se dividir. Há duas décadas os evangélicos foram contra Lula, era mais definido".

Para Alencar, ganha apoio quem tem algo a oferecer. "Mesmo Marina tendo uma marca da Assembleia de Deus, no encontro em Santa Catarina (em maio), quem foi convidado para falar foi o Serra", disse. "Marina teria dinheiro para patrocinar? Não tinha. Então se dá ênfase para quem tem dinheiro para financiar", afirma.

Caráter laico

Lideranças do PV em São Paulo acreditam que o fator religião pode ajudar na conquista de mais votos. "Evidente que há uma identificação com os cristãos. Quero crer que isso pode ajudar", disse Maurício Brusadin, presidente do diretório do PV em São Paulo.

Mas é o discurso de tom laico que demonstra, para o cientista político da Unesp, Marco Aurélio Nogueira, o quanto a pré-candidata tenta "driblar e neutralizar" esse ponto.

"A fé é mais um ônus do que um bônus para ela", afirma. Para Nogueira, o fato de Marina ter opiniões de fundo religioso pode afastar um tipo de eleitor "mais racional", que apoiaria a causa do desenvolvimento sustentável. "Hoje, mais atrapalha do que ajuda. Tanto que ela não esta trabalhando esse ponto. A vitória dependerá muito das questões que vai privilegiar na campanha".

Fonte: Terra

Sobre este blog

Aqui você encontrará notas, opiniões, pensamentos, biografias e algo mais sobre teologia pentecostal e assuntos atuais.